A conferência “Controle, atenção e assistência à dengue no Paraná” foi transmitida nesta tarde de quarta-feira (27) para regionais de saúde do estado, secretarias municipais de saúde e agentes de saúde, unindo as superintendências de Atenção Primária em Saúde e Vigilância em Saúde para tratar do tema. Na ocasião, também ocorreu o lançamento da cartilha “O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue”, distribuída pelo Ministério da Saúde para auxiliar o agente no combate.
O público estimado era de mil pessoas assistindo as palestras do secretário de Saúde, Gilberto Martin, do superintendente de Vigilância em Saúde, José Lúcio dos Santos, da superintendente de Políticas de Atenção Primária em Saúde, Erlene Tedeschi, da chefe do Departamento de Atenção Básica da secretaria, Ângela Cristina Pistelli e do médico infectologista José Luiz de Andrade Neto.
O secretário Gilberto Martin abriu a webconferência lembrando que os dados epidemiológicos do Paraná apontam para uma situação grave: “Os três tipos de vírus da dengue circulando no estado – Denv 1, Denv 2 e Denv 3 – somados aos vários picos de epidemia da doença apontam um risco iminente de uma epidemia de dengue hemorrágica no Paraná, com alto índice de letalidade”.
Até o último levantamento do Índice de Infestação Predial (IIP) de 2009, 30% dos municípios paranaenses estavam com este índice acima de um – sendo que os valores de um a quatro indicam o risco moderado de a cidade ter uma epidemia de dengue -, enquanto o primeiro levantamento parcial de 2010 apresenta mais de 80% dos municípios com índice acima de 1%, sendo que 30% dos municípios estão com índice acima de 4% - o que indica um risco maior de haver epidemia.
Portanto, é importante a mobilização do maior número de pessoas para o combate à dengue. Para as prefeituras, o secretário lembra que “não é hora de dar férias ou demitir os agentes de endemias, o momento é de trabalho árduo, pois nossa preocupação ainda é o combate ao mosquito, e se ele for eliminado, a dengue está controlada”.
No Estado, há um processo de conscientização da população, intensificando o combate ao mosquito transmissor da dengue. Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, José Lúcio dos Santos, a dengue estava batendo a nossa porta, agora ela já entrou em nossa casa “e o que devemos fazer é não deixar que ela invada a nossa família e a nossa saúde”. Por isso campanhas como o Verão sem Dengue – com as etapas: Caravana contra a Dengue, Carnaval sem Dengue e Volta às aulas sem Dengue - têm o objetivo de esclarecer e orientar as pessoas sobre os riscos e cuidados dessa doença.
Martin afirmou que a responsabilidade em combater a dengue é do poder público. Por isto ele tem feito ações como a Caravana sem Dengue, da qual participa pessoalmente. Os diretores de Regionais de Saúde devem mobilizando equipes, conversando com prefeitos, secretários municipais de Saúde, para que em todos os municípios haja mutirões de limpeza, legislação que imponha multa a terrenos baldios e imóveis com foco do mosquito Aedes aegipty, e agentes de controle epidemiológicos nas ruas.
Visando a capacitação do agente comunitário foi apresentada na webconferência a cartilha enviada pelo Ministério da Saúde para os agentes comunitários de saúde. A cartilha traz orientações referentes ao trabalho de vistoria e eliminação mecânica dos possíveis criadouros do mosquito nas residências. Com isso durante sua visita de rotina, o agente comunitário poderá auxiliar o trabalho do agente de endemias, que continuará fazendo sua visita mais detalhada.
Para mais informações sobre a dengue, visite o site www.paranacontradengue.pr.gov.br
Mais de mil expectadores discutem combate à dengue
Em webconferência realizada nesta tarde (27), o secretário de Saúde Gilberto Martin lembra para as regionais de saúde, secretarias municipais de saúde e agentes de saúde do Estado a importância do combate à doença
Publicação
27/01/2010 - 20:00
27/01/2010 - 20:00
Editoria