A terceira edição da Feira Sabores do Paraná realizada em Maringá entre 13 de novembro e 24 de dezembro recebeu a visita de mais de 30 mil pessoas. Durante os 42 dias foram comercializados, em vendas diretas, aproximadamente R$ 150 mil. De acordo Abdel Naser, coordenador do Programa de Agroindústria Familiar – Fábrica do Agricultor, as perspectivas de negócios para 2009, iniciadas durante a Feira, podem ultrapassar os R$ 500 mil. Instalada num barracão da Claspar a Feira Sabores do Paraná foi administrada pela Associação Regional da Agroindústria Familiar, entidade composta por associados das regiões de Maringá, Paranavaí, Londrina, Umuarama e Campo Mourão. No total estiveram presentes 80 agroindústrias representando 300 famílias de 40 municípios paranaenses. O público visitante teve a oportunidade de conhecer e levar para casa produtos diversificados, com qualidade, e com o tradicional sabor do campo. Mais de 1.000 itens diferentes, como geléias caseiras; doces de leite e de frutas cristalizados; queijos e embutidos; licores, vinhos, sucos e cachaças; temperos e condimentos; e tantos outros produtos, chamaram a atenção dos consumidores. Para o secretário da Agricultura, Valter Bianchini, num momento de preocupação como esse, com a crise financeira afetando principalmente as commodities, e com os agricultores enfrentando as adversidades climáticas, é importante ver que programas como esse do Governo do Estado, voltados para a agricultura familiar, que incentivam a diversificação das lavouras e a agregação de valor aos produtos, dão bons resultados. “O balanço da Feira realizada em Maringá é prova disso. São vários os casos de sucesso de agricultores que aderiram à agroindústria familiar e hoje têm seus produtos reconhecidos e bem aceitos dentro e fora do Estado”, explicou Bianchini. De acordo com o secretário, a Feira Sabores do Paraná, difundida nas principais regiões do Estado, está proporcionando um crescimento das alternativas de mercado e de comercialização para os agricultores familiares. “Esta é uma forma de incentivar os pequenos produtores a conquistar espaços com suas atividades econômicas, envolvendo-os cada vez mais com outros setores, numa grande mostra que comprova a diversificação da agroindústria familiar do Paraná”, disse o secretário. Para o coordenador do Programa, Abdel Naser, a feira proporcionou opções diferentes de produtos para os visitantes ,e uma contribuição a mais para o agricultor familiar. “O maior beneficiado nesse período de feira foi o agricultor, pois ele exercitou conhecimentos de gestão, de logística, de comercialização, de relacionamento, de responsabilidade e de organização. Foi um verdadeiro curso intensivo de como se comporta os produtos da agroindústria familiar ‘fora da porteira’, de como eles devem serem posicionados até o consumidor final”, destacou. Ainda segundo Naser, a feira propiciou uma discussão sobre a necessidade de se ter um ponto fixo para a comercialização dos produtos que o Programa Fábrica do Agricultor incentiva. “Graças a essa feira os empresários perceberam a necessidade de Maringá manter um Mercado Municipal, e vários projetos surgiram nesse sentido”. Pelo balanço da Secretaria da Agricultura, ficou constatado que durante os 42 dias de feira muitos dos visitantes voltaram várias vezes para repetir a compra de produtos. Da mesma forma ficou constatado que os consumidores que mais aprovam esse tipo de produto estão classificados como Classes A e B. O coordenador do Programa de Agroindústria Familiar – Fábrica do Agricultor explicou também que diversos contatos foram feitos no sentido de levar esses produtos para outras regiões do país como São Paulo e Recife, e até mesmo para exportação. “O Governo fez o seu papel que é o de dar oportunidade aos nossos agricultores familiares mostrarem e exercitarem suas potencialidades empreendedoras na transformação do produto primário. Como resultado disso, podemos dizer que a feira foi um sucesso”, concluiu o técnico da Secretaria da Agricultura.