Mais 89 famílias que moram em favelas na beira do rio Ribeirão Custódio, em Campo Magro, preparam a mudança para as casas novas da Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná), uma parceria com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo federal.
As famílias deixam os barracos na margem do rio ou de valetas de esgoto a céu aberto para morar em casas de 40 metros quadrados no bairro Boa Vista, na mesma região da ocupação irregular mas em um terreno mais alto, próximo a escola e posto de saúde.
A mudança deve acontecer nos próximos dias, assim que a pintura interna das casas e ligação de energia elétrica estiverem concluídas. Os barracos onde moram famílias na beira do rio serão destruídos pela Prefeitura para evitar novas ocupações irregulares e com risco de enchentes.
VIDA NOVA - Deneir de Paiva da Silva, 40 anos, diarista, vive há 10 anos com seus três filhos em um buraco seis metros abaixo do terreno normal do bairro. “Moro em um barranco enorme com acesso difícil para sair e entrar. Tenho medo que meus filhos caiam e se machuquem. Há pouco tempo minha vizinha caiu e quebrou um braço”, conta. O marido, Gabriel Alves, frentista, disse que se não fosse a Cohapar a família não iria conseguir comprar uma casa. As prestações das casas da Cohapar e do PAC para famílias com renda preferencial de um salário mínimo são em média de R$ 60,00.
Maria Joana Miquito, 55, mora há 18 anos no local, desde que saiu de Curitiba, onde não tinha condições de pagar aluguel. “Viver neste local é muito triste, não temos água encanada nem luz”. Maria vive numa parte do terreno com risco desabamento da casa onde mora. “Em dezembro do ano passado quebrei o meu braço quando estava descendo o barranco para chegar até a minha casa. Fiz uma cirurgia e, por erro médico, vou ter que operar novamente. A burocracia do hospital me pediu para aguardar, mas nestas condições eu não posso trabalhar e isso me deixa muito mal, estamos nos mantendo com recursos do INSS”, disse Maria, que trabalha em um restaurante.
Elinéia Gilmara Rocha da Silva, 33anos, mora com sua família no local há 8 anos, na beira do rio. “Desde o sorteio das casas não tenho dormido direito, estou ansiosa para sair desse lugar, aqui nós vivemos com o esgoto na porta de casa e quando chove toda a minha casa fica alagada, eu vou me mudar mas da para contar nos dedos o que vou poder levar, está tudo podre. Na casa nova vou deixar tudo arrumado, não vai existir chuva que destrua os meus móveis”.
Natan Rocha da Silva, filho de Dona Elinéia, se emociona ao falar o que vai mudar na vida da família com a mudança para a casa nova. “Vamos ter outra vida, vamos ter dignidade, não vamos mais viver juntos aos ratos, baratas e outros bichos. Deus nos abençoa tanto que ninguém aqui em casa ficou doente, nós conhecemos um vizinho que pegou leptospirose e morreu”, disse Natan.
Em Campo Magro serão construídas 388 casas, das quais 143 moradias já foram entregues e beneficiando perto de 600 pessoas. As demais ainda estão sendo construídas. Os investimentos são de R$ 13 milhões são do PAC e têm a contrapartida do Governo do Paraná e da Prefeitura.
Além da construção das casas para famílias que vivem em áreas de risco e preservação ambiental, às margens de rios e córregos, 42 lotes serão regularizados e mais 62 famílias vão receber obras de infraestrutura.
CASAS DO PAC - As casas são de alvenaria, telhas de cerâmica, com 40 metros quadrados, em projetos arquitetônicos diferenciados na forma geminada. Todas as casas terão rede de água, esgoto, energia, galerias de drenagem, pavimentação, paisagismo.
As famílias deixam os barracos na margem do rio ou de valetas de esgoto a céu aberto para morar em casas de 40 metros quadrados no bairro Boa Vista, na mesma região da ocupação irregular mas em um terreno mais alto, próximo a escola e posto de saúde.
A mudança deve acontecer nos próximos dias, assim que a pintura interna das casas e ligação de energia elétrica estiverem concluídas. Os barracos onde moram famílias na beira do rio serão destruídos pela Prefeitura para evitar novas ocupações irregulares e com risco de enchentes.
VIDA NOVA - Deneir de Paiva da Silva, 40 anos, diarista, vive há 10 anos com seus três filhos em um buraco seis metros abaixo do terreno normal do bairro. “Moro em um barranco enorme com acesso difícil para sair e entrar. Tenho medo que meus filhos caiam e se machuquem. Há pouco tempo minha vizinha caiu e quebrou um braço”, conta. O marido, Gabriel Alves, frentista, disse que se não fosse a Cohapar a família não iria conseguir comprar uma casa. As prestações das casas da Cohapar e do PAC para famílias com renda preferencial de um salário mínimo são em média de R$ 60,00.
Maria Joana Miquito, 55, mora há 18 anos no local, desde que saiu de Curitiba, onde não tinha condições de pagar aluguel. “Viver neste local é muito triste, não temos água encanada nem luz”. Maria vive numa parte do terreno com risco desabamento da casa onde mora. “Em dezembro do ano passado quebrei o meu braço quando estava descendo o barranco para chegar até a minha casa. Fiz uma cirurgia e, por erro médico, vou ter que operar novamente. A burocracia do hospital me pediu para aguardar, mas nestas condições eu não posso trabalhar e isso me deixa muito mal, estamos nos mantendo com recursos do INSS”, disse Maria, que trabalha em um restaurante.
Elinéia Gilmara Rocha da Silva, 33anos, mora com sua família no local há 8 anos, na beira do rio. “Desde o sorteio das casas não tenho dormido direito, estou ansiosa para sair desse lugar, aqui nós vivemos com o esgoto na porta de casa e quando chove toda a minha casa fica alagada, eu vou me mudar mas da para contar nos dedos o que vou poder levar, está tudo podre. Na casa nova vou deixar tudo arrumado, não vai existir chuva que destrua os meus móveis”.
Natan Rocha da Silva, filho de Dona Elinéia, se emociona ao falar o que vai mudar na vida da família com a mudança para a casa nova. “Vamos ter outra vida, vamos ter dignidade, não vamos mais viver juntos aos ratos, baratas e outros bichos. Deus nos abençoa tanto que ninguém aqui em casa ficou doente, nós conhecemos um vizinho que pegou leptospirose e morreu”, disse Natan.
Em Campo Magro serão construídas 388 casas, das quais 143 moradias já foram entregues e beneficiando perto de 600 pessoas. As demais ainda estão sendo construídas. Os investimentos são de R$ 13 milhões são do PAC e têm a contrapartida do Governo do Paraná e da Prefeitura.
Além da construção das casas para famílias que vivem em áreas de risco e preservação ambiental, às margens de rios e córregos, 42 lotes serão regularizados e mais 62 famílias vão receber obras de infraestrutura.
CASAS DO PAC - As casas são de alvenaria, telhas de cerâmica, com 40 metros quadrados, em projetos arquitetônicos diferenciados na forma geminada. Todas as casas terão rede de água, esgoto, energia, galerias de drenagem, pavimentação, paisagismo.