O presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Rafael Greca, entregou nesta sexta-feira (22) as chaves de outras 36 unidades habitacionais para famílias de baixa renda, no município de Luiziania, região Noroeste do Estado, num investimento de R$ 467.850 mil.
Greca lembrou aos novos mutuários que “ao garantir a vitória do governador Roberto Requião vocês reafirmaram o compromisso com os que mais precisam , com os mais humildes. Vocês garantiram as casas, os programas da Tarifa Social da Sanepar, da Luz Fraterna da Copel, do Leite das Crianças, da isenção de impostos aos micro e pequenos empresários do incentivo aos pequenos agricultores”.
Para o prefeito da cidade, José Cláudio Pol, esse é um momento de grande satisfação e orgulho. “Ter a oportunidade de presenciar e participar da realização de um sonho que não é apenas dessas famílias, mas nosso também, é muito emocionante e devemos isso, a essa parceria com a Cohapar e a Caixa Econômica Federal. Se não fosse através dessa parceria, jamais nosso município teria condições para viabilizar esse momento”.
O gerente-geral da Caixa Econômica Federal de Campo Mourão, Rubens Vieira Lopes, salientou a importância que o Governo Federal vem dando à habitação popular. “O Paraná é um exemplo de competência para o Brasil e nos sentimos orgulhosos de fazer parte dessa construção por uma vida mais digna aos que mais precisam. Essas unidades são uma demonstração de que a Caixa vem cumprindo sua missão social”.
As 36 chaves entregues em Luiziânia pertencem à modalidade de caução e foram subsidiadas pelos governos Federal e Estadual. São moradias destinadas a famílias de baixa renda, preferencialmente aquelas que recebem até um salário mínimo mensal. Possuem 40 metros quadrados, totalmente em alvenaria, forradas e com telhas de cerâmica, além de dois quartos, sala, cozinha, banheiro. Por esse sistema, os mutuários pagam entre R$ 34,00 e R$ 45,00 por mês em 72 parcelas.
Saindo da miséria - Tereza Marques – 30 anos, casada com Paulo de Oliveira, 42 anos, trabalhador rural (bóia fria). O casal tem três filhos (10, 12, 14 anos). Vivem com um salário que não chega a R$ 100,00 por mês e da ajuda do Bolsa Família do governo Federal.
O barraco onde moram, na localidade chamada de Favela I, é coberto com pedaços de madeira e lona, sem divisória. Não tem banheiro, o chão é de terra batida. Um fogo aceso com pedaços de madeira e sustentado por alguns tijolos, funciona como fogão, onde Tereza cozinha o pouco de comida que consegue alimentar a família. “Eu ganhei um fogão a gás, mas vou deixar pra usar na casa nova, porque aqui não tem como”, comenta. O fogão de Tereza foi colocado no quintal, e caprichosa, apesar da miséria, deixou limpinho e brilhando.
“Parece mentira que vamos ter uma casa de verdade. Toda minha vida vivi assim. O sonho sempre tive, mas sabia que era impossível. Agora que é realidade, custo acreditar”.
A coisa que mais impressiona Tereza é a oportunidade de ter um banheiro com chuveiro e louças sanitárias. “É tudo muito novo, diferente, limpo. Parece que vamos começar uma outra vida. Quero ter um jardim com flores, também fazer uma horta e cuidar de tudo com muito capricho”.
Marineide Soares dos Santos – 25 anos, moradora da favela Lagoa dos Sapos, numa área de risco. Além dela, vivem lá outras 36 famílias. Desse total, 13 foram selecionadas para as novas casas.
Marineide é casada com Ezequiel da Silva Gonçalves, 31 anos, bóia fria. O casal tem seis filhos (8, 7, 6, 5, 3 anos e mais um bebê de cinco meses). “Casei com 13 anos e vivo aqui desde então, mas neste lugar, moro desde que nasci”, conta.
A casa é de madeira muito antiga, sem forro, chão de terra batida, apenas dividida entre o pequeno espaço da cozinha e do quarto, onde dorme toda a família. O banheiro improvisado com pedaços de tábuas, fica do lado de fora. As famílias dessa área de risco sofrem constantes inundações causadas pelas chuvas.
“Quando chove isso aqui é um horror. Toda semana tenho que levar uma das crianças no posto, com problema de saúde. Quando alaga, as sujeiras dos banheiros vem tudo pra cima e depois as crianças acabam brincando no quintal. Não tem como manter a higiene. Depois que dou banho neles, coloco cada um sentado numa cadeira, pra não se sujarem mais”.
“Ir para uma casa de verdade é tudo que mais quis na vida, mas nossa situação jamais permitiria realizar isso. Vamos começar uma nova etapa na nossa vida. É uma felicidade que não dá pra imaginar. Só quem passa por isso é que sabe a importância desse momento pra nossa vida. Saber que vamos ter um banheiro, água encanada, limpeza e higiene”. Desabafa.
Para o marido Ezequiel, esse é um dos melhore momento da sua vida. “Vou poder dar uma vida decente pra minha família, com mais segurança e conforto. Que pai não quer dar isso pra sua família”.
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Greca visita conjunto e fala com lideranças
O presidente da Cohapar aproveitou sua ida ao interior para a entrega de chaves e passou pelo município de Moreira Sales onde visitou um empreendimento recentemente inaugurado, em companhia do prefeito Hugo Berti. O residencial Moradia Esperança, foi construído no local onde existia uma favela. Segundo o prefeito, uma nova área de 5 alqueires já foi adquirida para a construção de mais 112 unidades.
A recém-moradora Viviane Batista dos Santos comentou com o presidente da Cohapar que estar morando na sua própria casa foi uma das coisas mais importantes que aconteceu na sua vida. “Estou muito feliz com minha família, na minha casa”, disse.
Depois Greca seguiu para o município de Mariluz, onde participou de um encontro com 300 pessoas entre lideranças políticas, comunitárias e moradores da zona rural, promovido pela vereadora local Ivone Perecin, para falar dos programas habitacionais. De acordo com ele, Mariluz vai receber em breve 31 casas na cidade e 30 na área rural, destinada a pequenos agricultores.
Mais 36 famílias carentes recebem casas da Cohapar no Noroeste
O presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Rafael Greca, entregou nesta sexta-feira (22) as chaves de outras 36 unidades habitacionais para famílias de baixa renda, no município de Luiziania
Publicação
22/02/2008 - 20:00
22/02/2008 - 20:00
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