Mais 300 pessoas recebem casas com prestações de R$ 37 a R$ 50

Unidades foram entregues pela Cohapar em duas cidades do Oeste do Estado
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25/07/2008 - 14:40
Editoria
A Companhia de Habitação do Paraná entregou, quinta-feira (24), 63 casas na região Oeste do Paraná. Construídas com investimentos de R$ 771 mil, as unidades vão beneficiar perto de 300 pessoas. Do total de moradias, 40 são no município de São Pedro do Iguaçu e 23 em Campo Bonito, todas direcionadas para famílias com renda mensal de, preferencialmente, até um salário mínimo que vão pagar prestações entre R$ 37,00 e R$ 50,00 por mês, dependendo da renda familiar, em seis anos. O valor de cada casa de 40 metros quadrados, entregue em São Pedro do Iguaçu e Campo Bonito, é de R$ 14,5 mil. O Governo Federal entra com R$ 7 mil e o Governo do Estado com mais R$ 7,5 mil. A prefeitura é responsável pela doação da área e a implantação da infra-estrutura, que inclui pavimentação, redes de água e luz. “O valor médio cobrado pela Cohapar ao morador é de apenas R$ 2.426,00. A União e o Estado pagam cerca R$ 5 mil. A Cohapar não cobra o seu custo operacional e este valor entra no balanço da companhia como integralização de capital. Isso pode ser definido como prejuízo contábil mas é para nós lucro social”, afirma o presidente da Companhia de Habitação do Paraná, Rafael Greca. As moradias entregues possuem 40 metros quadrados, dois quartos, sala, cozinha com pia de louça, banheiro com chuveiro e louça sanitária, lavanderia com tanque e uma pequena varanda. São construídas em alvenaria, forradas, com telhas de cerâmica, pequena calçada e grama ao redor da casa. Cada morador também recebe uma árvore que é plantada na frente da casa e já entram nas casas incluídos nos programas sociais do Governo do Estado, da Luz Fraterna, da Copel e da Tarifa Social, da Sanepar. Representando o Governo do Paraná na entrega das chaves, o deputado estadual Nereu Moura enalteceu o trabalho e o capricho da Cohapar na construção das casas. “Esta é uma conquista extraordinária para as famílias que aqui vão morar e para a cidade que ganha mais um bairro novo. Estamos celebrando aqui a vida nova, o sonho e a esperança que cada um passa a viver daqui por diante. É muito bom ter um endereço e viver com dignidade. Isso se chama cidadania”. PARCERIAS – Para o prefeito de Campo Bonito, Onirio Wilmar Fries, momentos como este fazem o administrador se sentir realizado. “Não é um sonho apenas de quem recebe a casa, mas é nosso também. Poder participar desta alegria e ver uma parte do nosso esforço sendo concretizado é muito gratificante. A habitação é uma das conquistas mais importantes porque é nela que começa a família”, disse. A valorização da casa e a parceria entre os poderes públicos, foram destacadas pelo gerente regional da Caixa Econômica Federal de Cascavel, Wlademir Roberto dos Santos. “A nossa parceria com a Cohapar e a prefeitura tem sido o sucesso da habitação popular no Paraná. Graças à visão social do governo Lula e do governador Requião está sendo possível viabilizar um momento como este. Por isso, valorizem este imóvel que hoje estão recebendo, porque se venderem, não terão outra oportunidade como esta”, completou. Em São Pedro do Iguaçu, o prefeito Jurandir Alves de Oliveira lembrou que, durante muitos anos de sua vida pagou aluguel. “Por isso entendo a ansiedade dessas famílias para mudarem aos seus novos endereços. Elas não estão apenas mudando de casa, estão mudando para uma nova vida. Cada vez que abrirem e fecharem suas portas, estarão abrindo ou fechando a porta do seu lar”, disse. “É muito bom erguer a cabeça quando se tem um teto para morar”, ressaltou a gerente do escritório regional da Cohapar de Cascavel, Maria Iolete Nishimura de Moura, que representou o presidente da Companhia, Rafael Greca. Ela destacou também o empenho e a dedicação dos prefeitos de Campo Bonito e São Pedro do Iguaçu pelo esforço na concretização dos dois empreendimentos e à Caixa Econômica Federal que viabilizou os recursos. CAMPO BONITO - A família de Janete Rezende, 32 anos, vive num barraco feito de pedaços de madeira, com muitas frestas e buracos, com o marido Valdir Ribeiro da Silva, 33 anos e quatro filhos (12, 11, 4 e 2 anos). A casa, de chão batido, não tem luz nem água nem banheiro. Uma vela acesa em uma viga que sustenta o telhado clareia a noite no barraco. “Tenho medo que a casa venha abaixo quando começa a chover. Entra água por todo lado. A gente não sabe se é pior ficar para fora ou dentro”, lamenta Janete. “Eu sempre tive o sonho de morar numa casa de verdade, mas era uma coisa que eu sabia que jamais conseguiria. Nunca teria dinheiro para isso e já estava até conformada com a situação. Hoje vejo que Deus existe e ilumina as pessoas que fazem esse trabalho, que olham para gente como eu”. Valdir já conseguiu um emprego e há dois meses está trabalhando no frigorífico Copacol, de aves. Além disso eles recebem a ajuda do Bolsa Família, do Governo Federal e do programa Leite das Crianças, do Governo Estadual. Na casa nova, onde vão morar eles já estarão incluídos nos programas sociais da Luz Fraterna, da Copel e da Tarifa Social, da Sanepar. SÃO PEDRO DO IGUAÇU - A família de Maria Aparecida Ferreira Rodrigues, 36 anos, não vê a hora de mudar. Ela, o marido Santo Paulo Ferreira (36) e o casal de filhos (5 e 2 anos), querem sair o mais rápido possível do aluguel. Eles pagam, entre aluguel, água e luz, aproximadamente R$ 95,00 por mês. Santo Paulo é trabalhador volante e recebe em torno de R$ 250,00 mensais, sem carteira assinada, mais o benefício do Bolsa Família, do Governo Federal, que ajuda com R$ 94,00. Além disso, os filhos também recebem do Programa Leite da Criança, do Governo do Estado, sete litros por semana. Apesar de pagarem aluguel, a casa que vivem é bastante precária. “Em casa alugada a gente nunca tem segurança nem pode escolher. Tem que aceitar do jeito que é, sem poder fazer nada”, reclama Maria Aparecida. “Eu sempre sonhei com uma casa boa, mas somos pobres, isso era uma ilusão. Mas hoje vejo que Deus age pelas mãos de pessoas que olham por nós. Vou ter minha casa. Nem acredito. Nós estávamos direto na obra, acompanhando tudo. Quando ficou pronta, nem acreditei que aquilo tudo seria meu, da minha família”, conta emocionada.

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