Maior usina da Copel completa 25 anos

Foz do Areia, no Rio Iguaçu, é um marco na engenharia brasileira de hidrelétricas
Publicação
12/12/2005 - 16:30
Editoria
A maior das 18 usinas do sistema próprio de geração da Copel e das cinco instaladas ao longo do Rio Iguaçu completou nesta segunda-feira 25 anos de existência. Desde a sua inauguração, em 12 de dezembro de 1980, Foz do Areia já produziu 135,6 milhões de megawatts-hora – o equivalente a oito anos de consumo de energia elétrica no Estado. Localizada entre os municípios de Bituruna e Pinhão, na região Centro-Sul, a hidrelétrica tem 1.676 megawatts de potência instalada e opera um reservatório com 165 quilômetros quadrados de superfície, armazenando 5,7 milhões de metros cúbicos de água. Esse lago serve para regularizar a vazão do Iguaçu nas quatro usinas situadas rio abaixo (Segredo, Salto Santiago, Salto Osório e Governador José Richa). Marco histórico – Batizada com o nome de Bento Munhoz da Rocha Netto, o governador que em outubro de 1954 criou a Copel, a Usina de Foz do Areia é um marco na história da Companhia por consolidá-la como uma das grandes empresas de geração de energia elétrica no país. A título de comparação, até inaugurá-la, a Copel dispunha em seu parque gerador próprio de 406 megawatts instalados. Só um dos quatro grupos geradores de 419 megawatts de Foz do Areia – e que eram os maiores em todo o Brasil na época – superava a soma da potência de todas as demais usinas da Companhia. Esse fato foi destacado pelo presidente da estatal, Rubens Ghilardi, na festividade que marcou o jubileu de prata da hidrelétrica, realizada na sexta-feira (09). “Foz do Areia foi uma obra gigantesca que comprovou toda a competência técnica da Copel, pois sequer existiam parâmetros na época para comparar”, disse. “Esta usina, que é motivo de orgulho para os paranaenses, foi a precursora de Itaipu”, afirmou. Pioneirismo – Pelas inovações tecnológicas que incorporou, Foz do Areia também se transformou em referência na engenharia de grandes obras hidrelétricas, atraindo, ainda hoje, a atenção de especialistas e técnicos de diversos países. Sua barragem, de enrocamento compactado com laje impermeabilizadora de concreto na face de montante, tem 160 metros de altura, o equivalente a um edifício de 50 andares, e 820 metros de comprimento, figurando entre as maiores estruturas do gênero no mundo todo. O maciço tem volume de 13,3 milhões de metros cúbicos de basalto retirado das escavações necessárias à implantação das demais estruturas. Outras inovações dignas de destaque são a subestação elevadora blindada isolada a gás hexafluoreto de enxofre (SF6), que permitiu instalar e operar os equipamentos numa área restrita reduzindo custos, e o sistema de aeração da calha do vertedouro, que solucionou o problema da cavitação – fenômeno causado pela passagem da água em velocidades elevadas sobre uma superfície, provocando a erosão do concreto.