O discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cerimônia que regulamentou a Lei de Incentivo ao Esporte nesta sexta-feira (3) no Palácio do Planalto animou os cerca de 50 atletas brasileiros que disputaram o Pan-Americano de 2007 e autoridades esportivas presentes.
O presidente afirmou que as empresas estatais deverão ampliar o apoio ao esporte e também cobrou um esforço da iniciativa privada nesse sentido. “Temos que chamar todos os grandes empresários, convocando-os a patrocinar os atletas, para que eles cheguem a Pequim com condições de ganhar alguma coisa. Todos aqueles que já fazem, podem fazer um pouco mais”, disse o presidente.
Para o presidente do Fórum Nacional do Secretários de Esporte, Ricardo Gomyde, o momento é propício para o desenvolvimento do esporte brasileiro. “Além da Lei, que permite que patrocínios e doações para a realização de projetos desportivos sejam descontados do Importo de Renda, o presidente Lula disse que vai criar condições para que o Brasil se torne uma potência olímpica nas próximas décadas, tratando o esporte como uma política de governo”, destacou Gomyde.
Lula destacou ainda os sucessos obtidos com a organização e os resultados no Pan. “Era preciso mostrar ao mundo que o Brasil se transformará, nas próximas décadas, em uma potência olímpica. Que justificativa se pode dar para que um país com quase 190 milhões de habitantes não supere Cuba, um país com 12 milhões de habitantes? Cuba fez uma opção por uma coisa sagrada, como saúde e educação, que estão ligados ao esporte, e colheu resultados”, afirmou o presidente.
“Aqui nós nunca colocamos o esporte como uma política séria. Sempre nos colocamos à mercê dos heróis que surgem do anonimato. Apareceram Adhemar Ferreira da Silva nas décadas de 50 e 60, João do Pulo na década de 70, até que surgiram os profissionais do vôlei na década de 80, que trabalharam para que as glórias de hoje fossem conquistadas’, disse Lula.