As casas de 40 metros quadrados construídas pela Cohapar para atender famílias que ganham até um salário mínimo custam entre R$ 16 e R$ 22 mil e são pagas em seis anos (72 meses) pelos mutuários com prestações médias de R$ 50,00. São moradias da modalidade designada caução desenvolvida pela Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná) e conta com recursos do Governo do Paraná e da Caixa Econômica Federal, que subsidiam parte do financiamento. Esta parceria permite que as famílias de menor renda tenham acesso a uma moradia a um custo 70% menor do que o preço real da casa, um dos mais baixos do País. As famílias com este perfil trabalham no campo, em serviços domésticos, na construção civil ou como catadores de papel. “Os nossos custos não têm incremento de taxas e encargos, os valores dos materiais são baseados no preço médio de aquisição na indústria e não nos preços médios de balcão. Com a crise, as empreiteiras estão baixando seus custos porque tinham gorduras para queimar, mas a Cohapar já trabalha com lucro zero muito antes desta crise”, explica o diretor de obras da Companhia, Eduardo Quezada. Os custos da Cohapar são baseados no Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil), de acordo com os procedimentos exigidos nas análises da Caixa Econômica Federal. “A realidade da Cohapar é diferente pois somos uma grande “construtora” pública com enfoque social”, informa o presidente da Cohapar, Rafael Greca. Um dos pontos importantes que ajudam a reduzir custos é a doação de terrenos pelas Prefeituras, reduzindo ainda mais o preço final das moradias. Nos conjuntos habitacionais da Cohapar toda a infraestrutura do empreendimento, como energia elétrica, saneamento e pavimentação é feita sem custo nenhum ao mutuário. A soma deste esforço acaba reduzindo o custo final das casas em até 50% do seu preço real e, além disso, o Governo do Estado subsidia deste valor 70% em média do custo para atender as pessoas cuja renda seja menor que o salário mínimo. DESCONTO DA ALÍQUOTA DE ICMS - O desconto da alíquota de ICMS dos materiais de construção – uma medida do governador Roberto Requião para estimular a geração de empregos na construção civil, também é fator decisivo na economia de custos da Cohapar. Outro ponto é o não repasse dos custos técnicos da Companhia, que tem em seus quadros engenheiros, arquitetos, técnicos de todos os níveis da construção civil, com experiência capaz de construir moradias em loteamentos com toda a infraestrutura. Outra atividade essencial hoje na habitação de interesse público no Brasil é a regularização fundiária de favelas, com a construção de casas, abertura de ruas, legalização dos terrenos e implantação de infraestrutura. “Os funcionários da Companhia de Habitação do Paraná são os melhores do País, porque tem experiências em várias áreas desde a criação de loteamento até a regularização fundiária, um trabalho dos mais complexos em razão das questões jurídicas”, disse Greca. A Cohapar trabalha desde a elaboração do projeto, montagem dos canteiro de obras, orientação técnica das obras, compra dos materiais de construção na quantidade necessária de forma a dar continuidade na execução dos serviços.