Londrina quer Colônia Penal de regime semi-aberto

Pedido foi feito ao governador em exercício Orlando Pessuti pela deputada Elza Correia e pelo juiz da corregededoria de presídios Roberto Ferreira do Valle
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31/03/2005 - 12:30
Editoria
A deputada estadual Elza Correia e o juiz da Vara de Execuções Penais e Corregedoria dos Presídios de Londrina, Roberto Ferreira do Valle, solicitaram nesta quinta-feira (31) ao governador em exercício Orlando Pessuti apoio para a construção de uma colônia penal de regime semi-aberto no município. Segundo a deputada, a instalação do presídio permitirá desenvolver em Londrina programas de ressocialização de detentos em parceria com instituições e empresas já interessadas em participar. Um exemplo apresentado ao governador foi o da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) “Onde Moras”. O programa, desenvolvido em parceria com o Ministério das Cidades, Caixa Econômica Federal, Cohab e prefeitura de Londrina, já entregou 69 casas e está em fase de conclusão de mais 71 para pessoas carentes do município. Segundo o idealizador e coordenador do programa, Maurício Tadeu Alves Costa, atualmente 10 detentos em regime semi-aberto participam do “Onde Moras”. Alves Costa, que acompanhou a visita a Pessuti, disse que “com a participação de 100 detentos poderiam ser construídas 50 casas por mês, beneficiando os próprios presos no processo de reinserção na sociedade e as famílias carentes que recebem a moradia a custo zero”. Para o juiz, a instalação de uma colônia penal agrícola ou industrial com 320 vagas permitiria manter esses detentos trabalhando e próximos da família, como a própria lei determina, evitando fugas. Segundo Valle, desde 1997 ele já autorizou a transferência de 2.970 presos em regime semi-aberto para Curitiba, uma média de 390 por ano. “São detentos que poderiam estar participando desses programas e sendo recuperados para a sociedade”, afirmou. Entre as instituições e empresas interessadas, segundo o juiz, estão, além do Programa Onde Moras, o Iapar, a Embrapa, a prefeitura de Londrina e uma empresa de reciclagem de plástico local.

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