O empresário Jorge Aloysio Weber, 79 anos, ex-secretário de Estado da Indústria e Comércio (1993-1994) durante o primeiro mandato do governador Roberto Requião e presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) entre 1986 e 1995, foi sepultado na tarde desta quinta-feira (13), no Cemitério Parque Iguaçu, em Curitiba. Com problemas de saúde, Weber - pai da secretária da Administração e da Previdência, Maria Marta Lunardon -, morreu no início da noite desta quarta-feira (12). Diversas lideranças políticas e empresariais estiveram presentes no sepultamento e enalteceram o empreendedorismo e a dedicação com que Weber desempenhava suas atividades. Representando o governador Roberto Requião, o governador em exercício Orlando Pessuti contou que conhecia Weber há mais de 30 anos. Durante o período em que o empresário foi secretário de Estado e Pessuti líder do governo na Assembléia Legislativa, os dois estiveram bem próximos. “Como líder industrial e secretário da Indústria, o doutor Weber, ou ‘alemãozão’ ou ‘gauchão’, como o chamávamos, construiu marcas importantes na economia do Paraná, fomentando a industrialização em Curitiba e no interior”, destacou Pessuti. O presidente da Federação das Indústrias, Rodrigo da Rocha Loures, frisou que, entre as ações de Jorge Weber como presidente da Fiep, a que considera mais marcante é o investimento em educação, na infra-estrutura do Senai. “Jorge Aloysio Weber era um verdadeiro empreendedor, um administrador com visão de futuro, que teve papel fundamental no fortalecimento da Federação”, afirmou. Na Secretaria da Indústria e Comércio, Jorge Aloysio Weber atuou entre fevereiro de 1993 e outubro de 1994. Foi responsável pela execução dos programas e ações de fomento ao desenvolvimento econômico da primeira gestão de Roberto Requião no Palácio Iguaçu. Uma de suas principais preocupações eram as micro e pequenas empresas e a competitividade dos produtos paranaenses. Weber era profundo admirador das posições político-administrativas de Requião. Quem trabalhou nas equipes de Jorge Aloysio Weber destaca a competência e a simplicidade. É o que lembra, por exemplo, a servidora pública Vilma Arendt, da Secretaria da Indústria e Comércio, que era funcionária do Gabinete no tempo em que Weber esteve à frente da pasta. “Trabalhei diretamente com o Jorge Aloysio Weber na época em que era secretário da Indústria e Comércio. Ele era uma pessoa cativante, simples, acessível, competente como profissional, e que acima de tudo tratava todas as pessoas de igual para igual”, conta. No comando da Fiep, Weber expandiu a presença do sistema para o interior do Estado, com a implantação de unidades em Guarapuava, Campo Mourão, Cianorte, Paranavaí e Arapongas. Conseguiu a filiação de 44 novos sindicatos. Outro legado da gestão de Jorge Aloysio Weber é a construção do Centro Integrado dos Empresários e dos Trabalhadores das Indústrias do Paraná (Cietep), complexo localizado na Avenida das Torres, inaugurado na gestão seguinte. Jorge Aloysio Weber era empresário da indústria gráfica – proprietário da Gráfica Telos. Na década de 70, presidiu o Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Paraná (Sigep), nas gestões 1971-1974, 1974-1977 e 1983-1986. Recentemente, o sindicato prestou uma homenagem a Weber, batizando o edifício-sede da instituição (rua Augusto Severo 1.050) com o nome do ex-presidente. Gaúcho de Passo Fundo (RS), Jorge Aloysio Weber participou, no Rio Grande do Sul, da equipe do governador Leonel Brizola, na década de 60. Em 1966, mudou-se com a família para Curitiba, onde fixou residência e investiu em seu empreendimento. Weber deixa a esposa, Maria Luíza Renner Weber, as filhas Maria Marta Renner Weber Lunardon e Carmen Luíza Weber de Camargo, e quatro netos.