Liberados recursos para projeto de reativação do “Trem Pé-Vermelho”

Estudos de viabilidade terão início em janeiro, segundo a Ferroeste
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14/12/2009 - 18:00
Editoria
O Ministério dos Transportes liberou R$ 400 mil (Portaria nº 260, de 11 de dezembro) para o estudo inicial de reativação do Trem Pé-Vermelho no eixo ferroviário Londrina-Maringá, que ligará os municípios de Ibiporã, na região Norte, e Paiçandu, no Noroeste do Estado, informou nesta segunda-feira (14) o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, coordenador do grupo de estudo para o retorno do trem de passageiros integrado por prefeituras e universidades da região. Outros R$ 400 mil serão destinados para o projeto do trem regional entre Caxias do Sul e Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, que será operado pela Trensurb, de Porto Alegre, parceira dos paranaenses no desenvolvimento do modelo de operação dos trens regionais nos dois Estados. Os recursos serão repassados através de convênio com a Universidade Federal de Santa Catarina, gestora do projeto gaúcho, através do Laboratório de Transporte (Labtrans). Participam também dos estudos as universidades estaduais do Paraná (UEM e UEL) e do Rio Grande do Sul (Universidade Caxias do Sul-UCS) e o Lactec . Para o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, a liberação dos recursos demonstra que o Trem Pé-Vermelho ¨é um projeto que será implantado porque é absolutamente necessário e que o adiamento dos investimentos representará um custo econômico-social muito maior¨. Segundo Gomes, ¨este projeto tem a cara da nova realidade constituída pela Ferrosul. São dois projetos que terão uniformidade operacional em dois Estados, com a participação de universidades do Paraná e do Rio Grande do Sul e do Governo Federal¨. Também para Marco Arildo Prates, presidente da Trensurb, ¨gaúchos, catarinenses e paranaenses estão construindo um novo modelo para a operação dos trens regionais de passageiros¨. A liberação dos recursos veio depois de uma série de encontros em Londrina e Maringá, com prefeituras, universidades, coordenadorias das regiões metropolitanas de Maringá (Comem) e de Londrina (Comel), representantes do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul) e de Urbanização de Maringá (Urbamar), que culminou com a realização do Seminário do Trem Pé-Vermelho, em novembro, organizado pela Ferroeste, em Londrina. A PORTARIA A Portaria do Ministério dos Transportes que libera os recursos financeiros foi publicada cerca de um mês depois da realização do Seminário do Trem Pé-Vermelho, que contou com a participação do diretor do Ministério dos Transportes, Afonso Carneiro Filho, para esclarecer como funciona o Programa de Resgate dos Transportes Ferroviários de Passageiros do Governo Federal. Carneiro Filho anunciou, na ocasião, que ¨não existe óbice nem impedimento para a implantação do trem regional entre Londrina e Maringá¨. Samuel Gomes agradeceu o esforço da equipe do Ministério dos Transportes, ¨em especial ao secretário executivo, Paulo Sérgio Passos, ao secretário de Política Nacional de Transportes, Marcelo Perrupato, e ao diretor do Departamento de Relações Institucionais, Afonso Carneiro, grande entusiasta do projeto de resgate de trens regionais de passageiros¨. A partir de janeiro, de acordo como presidente da Ferroeste, os estudos de viabilidade do trem regional Pé-Vermelho serão iniciados. Serão ouvidas entre 30 e 40 mil pessoas do eixo Londrina-Maringá para identificar as necessidades de deslocamento e as linhas de desejo dos passageiros. O estudo também vai apontar os custos e qual deverá ser a participação dos governos estadual e federal no projeto que prevê a construção de uma linha exclusiva porque ficou claro durante o Seminário que não será possível o compartilhamento entre o transporte de cargas e o de passageiros no trecho existente que atualmente é explorado por uma concessionária privada.