A Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) iniciou nesta semana, no Guarituba, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, o levantamento topográfico da área onde serão construídas 803 casas para realocar famílias que hoje vivem em áreas de risco, na beira dos rios Itaqui, Piraquara e Iraí, ou de preservação ambiental. Esta é a primeira etapa do processo de secagem do local, o que é fundamental para o começo da construção das moradias.
O Novo Guarituba é o maior programa de regularização fundiária e salvação de mananciais do País e vai beneficiar 12 mil famílias. No total, vai receber investimentos de cerca de R$ 91,7 milhões do Plano de Aceleração de Crescimento (PAC), do Governo Federal, já incluídas as contrapartidas do Estado e do Município. “Estamos dando um importante passo na diminuição das desigualdades em nosso Estado. Estas obras representam o início de uma vida digna para as 12 mil famílias atendidas”, destacou o presidente da Cohapar, Rafael Greca.
Através do levantamento topográfico, organizado pela Cohapar, serão feitas as demarcações dos alinhamentos prediais e das valas de drenagem. “Este é o primeiro estágio da obra. Com as valas demarcadas serão iniciadas as roçadas que limparão o local para que as máquinas comecem as escavações das valas de secagem”, explicou o topógrafo da Cohapar, Celso Dembicki.
Valas de Secagem - As duas áreas (22,8 e 7,1 hectares) onde serão construídas as 803 casas vão passar pelo processo de secagem e isto fará com que o lençol freático seja rebaixado, o que dará condições para que o solo fique em condições de receber ruas, galerias e as fundações das moradias. Estas valas serão escavadas na posição correta, onde futuramente serão as galerias pluviais das ruas e, no futuro, essas valas vão se transformar nas galerias pluviais.
O coordenador de Projetos da Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa), Carlos Alberto Galeran, explica que as obras da Cohapar só podem iniciar depois que a área estiver completamente seca. “A opção de fazer essas valas de drenagem previamente à execução das galerias pluviais, é para que ocorra a secagem do terreno e com isso possibilite que a Cohapar dê início aos trabalhos de edificação. Este terreno, hoje, não tem condições de receber ruas e, muito menos, casas”, ressaltou.
Para a secagem das áreas serão abertas valas de drenagem que escoarão a água do solo e, posteriormente, as conduzirão até a lagoa de amortecimento de cheias também prevista no projeto. As valas de drenagem abertas para a secagem da área, no futuro, vão receber tubulação de concreto, sendo transformadas em galerias de captação de águas pluviais, o que vai garantir o escoamento das águas das chuvas. O projeto prevê que sejam construídos aproximadamente seis quilômetros de valas, com profundidade de 1,20 metro, totalizando cerca de nove mil metros cúbicos de escavação.