A Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social reuniu nesta sexta-feira (27) em Curitiba os organizadores o programa Leite das Crianças de 36 municípios. Representantes dos comitês gestores da capital, Região Metropolitana, Litoral e do Vale do Ribeira avaliaram o andamento do programa e trocaram experiências.
O vice-governador Orlando Pessuti destacou que o Leite das Crianças só funciona pelo trabalho de cerca de 5 mil voluntários que entregam o alimento para as famílias nas escolas, igrejas e associações. “Quero demonstrar nossa gratidão a esses voluntários que, sem adicional nenhum em seus salários, passam noites em claro preenchendo as nossas fichas de controle”, afirmou.
O secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Nelson Garcia, lembrou que o Leite das Crianças é um dos programas paranaenses referência em outros Estados. “O Paraná é exemplo em todo o Brasil com o programa do leite. Esse sucesso é consequência da dedicação e competência com que os gestores, técnicos e voluntários do programa trabalham”, destacou.
A distribuição do leite pasteurizado para crianças pobres de até 3 anos ajudou para que o Estado obtivesse a maior queda da mortalidade infantil do País, de acordo com os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde. De 2003 a 2006 o índice de mortalidade baixou de 16,72 para cada 100 mil nascidos, para 13,71.
A desnutrição infantil no Paraná também teve queda significativa. O índice de crianças com baixo peso passou de 8,2% em 2003 para 4,9% em 2006, de acordo com o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério (Sisvan).
Em algumas cidades com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) apenas 46% das crianças que entravam no programa tinham peso adequado em 2003, atualmente 94% destas crianças estão com peso normal, segundo os dados da organização do programa. “Nós queremos que as pessoas sejam incluídas socialmente como cidadãs, e não fiquem à margem do desenvolvimento econômico que estamos tendo no país”, afirmou Pessuti.
Desde o início do programa, em 2004, o governo estadual definiu que o cadastramento das famílias beneficiadas fosse feito através de órgãos da sociedade civil. “São as pessoas que vivem nesses locais que conhecem as necessidades da comunidade, por isso fizemos essa opção e deu certo”, afirmou o coordenador estadual do Leite das Crianças, Osmar Buzinhani.
CADEIA PRODUTIVA – O governo estadual distribui 5 milhões de litros por mês, comprado de produtores paranaenses, prioritariamente de agricultores familiares. De acordo com o secretário da Agricultura Valter Bianchini, são cerca de 13 mil famílias fornecendo o leite, que ainda passam por cerca de 60 pequenas usinas.
“Esse programa é hoje uma das principais atividades da agricultura familiar e o Paraná é o segundo maior Estado produtor de leite do Brasil”, informou Bianchini.
MERENDA - O governo estadual, no próximo ano, vai trocar o leite em pó, de menor qualidade, pelo pasteurizado na merenda de todas as escolas do Estado. O novo programa representa um aumento de cerca de 12% no volume de leite distribuído. “Vamos trocar o leite importado, feito em condições que nem sabemos como, pelo produto paranaense, que tem qualidade, sanidade, gera emprego e renda e é fiscalizado na origem por nós”, explicou o vice-governador Orlando Pessuti.
Leite das Crianças é avaliado por comitês gestores de 36 municípios
Comitês gestores de Curitiba, Região Metropolitana, Litoral e do Vale do Ribeira avaliaram o andamento do programa e trocaram experiências com a participação do vice-governador Orlando Pessuti
Publicação
27/11/2009 - 16:11
27/11/2009 - 16:11
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