Lei seca reduz em 33% o número de postes avariados em Curitiba

Dados da Copel mostram queda no total de postes abalroados por veículos em julho
Publicação
09/08/2008 - 09:00
Editoria
Os rigores da “lei seca”, que endureceu o tratamento aos motoristas flagrados dirigindo depois de beber e que já reduziu a quantidade e a gravidade dos acidentes de trânsito, também estão poupando outras “vítimas” circunstanciais desse tipo de ocorrência: os postes que sustentam a fiação das redes de energia elétrica. Segundo levantamentos feitos pela Copel, apenas em Curitiba o número de postes abalroados por veículos desgovernados caiu em um terço no mês de julho, o primeiro transcorrido integralmente sob a vigência das novas regras da tolerância zero. Ao longo do mês, 34 postes foram abalroados em acidentes de trânsito na capital. Nos seis primeiros meses do ano, o número de estruturas avariadas por veículos variou entre 48 (total em fevereiro) e 55 (em junho), resultando numa média mensal de 51 postes danificados. Curitiba concentra 20% das quase 3,5 milhões de ligações elétricas atendidas pela Copel em toda a sua área de concessão, formada por 393 dos 399 municípios paranaenses. Na avaliação do diretor de distribuição da Copel, Ronald Ravedutti, essa queda pode ser interpretada de diferentes maneiras, mas todas positivas. “O maior rigor na repressão aos motoristas que dirigem sob efeito de bebidas alcoólicas ajuda a prevenir a perda ou o comprometimento de vidas, o que já é argumento mais que suficiente para justificar essas medidas”, disse. “Mas no que se refere ao sistema elétrico da Copel, a diminuição no número de postes abalroados quer dizer menos desligamentos e, por conseqüência, menos gente obrigada a aguardar pela volta da energia por causa de um poste caído”. CUSTO – Financeiramente, a redução dos acidentes que terminam por envolver as estruturas de sustentação da rede elétrica também resulta em vantagem. “É um custo operacional evitado para a Copel, já que os postes em estoque e a mão-de-obra disponível podem ser usados para conservar e melhorar a rede elétrica e não para repor um outro que já estava instalado”. O custo de reposição de um poste abalroado admite grandes variações, pois vai levar em conta o tipo da estrutura avariada (os postes maiores e robustos são, evidentemente, mais caros) e os equipamentos e acessórios que nela estiverem instaladas (transformador, cruzeta e dispositivos de proteção e de operação, por exemplo). A Copel, a exemplo das demais empresas distribuidoras de energia elétrica, tem como norma de procedimento buscar o ressarcimento dessas despesas junto aos responsáveis pelo acidente.

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