Laptops continuam a ser usados em blitze

O segundo uso do novo equipamento demonstrou a agilidade na verificação de irregularidades
Publicação
13/02/2004 - 00:00
Curitiba, Londrina e Foz do Iguaçu continuam a fazer bloqueios de trânsito, usando os novos laptops que investigam em poucos segundos a situação dos veículos parados. Nesta sexta-feira (13), foram montados 18 pontos de bloqueio na capital e cidades da Região Metropolitana, em Londrina, 10 e em Foz outras oito. A principal vantagem dos equipamentos, percebida no segundo dia de uso, foi a agilidade e precisão na aquisição de informações e liberação ou não do condutor, que reduziu de meia hora para alguns minutos. Os laptops estão sendo usados desde de quinta-feira pelas polícias Militar e Civil em blitze conjuntas para detecção de irregularidades em veículos automotores. “Com os computadores portáteis podemos triplicar o número de veículos abordados em uma hora de operação”, afirmou o comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel David Antônio Pancotti. Além disso, ele frisou que, com o ganho de agilidade neste tipo de trabalho, a PM tem cada vez mais condições de dar respostas rápidas para a população, dentro de sua área de atuação, de melhoria do policiamento preventivo e ostensivo. Resultados – Em Londrina, por exemplo, em quatro horas de operação, na quinta-feira, nos 10 bloqueios, foram abordados e vistoriados 570 automóveis e 448 motocicletas. Deste total, 15 carros e 16 motos foram retidas ou apreendidas, com um total de 85 notificações efetuadas. Nove veículos estavam com o licenciamento vencido, sete condutores não portavam carteira de habilitação ou dirigiam sem possuir o documento e cinco habilitações foram apreendidas. O comandante da PM destacou que foi a praticidade na consulta que possibilitou chegar a esse número de abordagens, considerado grande. O coronel Pancotti lembrou que, dos 40 equipamentos que estão disponíveis para a PM, 20 já estão sendo utilizados nesta primeira fase e a outra metade estará sendo usada em operações nos principais municípios do Estado em breve. Conforme o delegado da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, de Curitiba, Hamilton da Paz, a Polícia Civil também receberá os computadores portáteis. Segurança – Com o laptop, os policiais tem acesso direto ao banco de dados da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Detran, através de um software desenvolvido pela Celepar especialmente para esta finalidade. Antes da chegada dos equipamentos, nas operações, conjuntas ou não, os policiais militares ou civis precisavam acessar, via rádio, a central de informações de cada instituição, para verificar os dados. “Agora, temos condições de ver, na tela, em segundos, se há algo errado em relação ao veículo ou com a documentação do motorista, que também espera menos parado na blitz”, avaliou o comandante do Batalhão de Polícia de Trânsito da PM, tenente-coronel Altair Mariot. Para o delegado Hamilton há outras vantagens, entre elas, a segurança. “Pelo rádio os marginais poderiam interceptar as conversas dos policiais. Por este novo sistema isso não será mais possível”, disse. Os computadores portáteis usam um sistema criado pela Companhia de Informática do Paraná (Celepar), com software livre. Eles substituem o sistema de fiscalização digital, que funcionava no governo anterior junto ao Detran, ao custo de R$ 500 mil por mês. Esse desembolso era feito para o consórcio Paraná Mais Seguro, que mantinha apenas 12 equipamentos móveis funcionando. O novo sistema vai ter o custo inicial de R$ 160 mil, correspondente à compra dos 40 laptops, e será utilizado sem custo nenhum para o Estado. Atenção - Como estão sendo programadas operações com os computadores portáteis em diversos municípios do Estado, a orientação aos proprietários e condutores é manter a documentação pessoal e do veículo em ordem e estar atento para o estado do veículo. O vendedor Adriano Machado não observou estes detalhes. Parado na blitz com sua moto, teve o veículo aprendido e encaminhado ao pátio do Detran. “Eu comprei a moto há poucos dias e não sabia que estava rebaixada”, justificou. Mas esta não foi a única irregularidade encontrada. Os policiais verificaram que a placa estava em desacordo com as especificações, a moto não estava com equipamentos obrigatórios instalados, como os espelhos retrovisores e os pneus estavam carecas. Contrariado, mas concordando que estava errado, prometeu regularizar a situação para evitar o que chamou de “surpresa”.