Lançada operação de proteção à fauna e à flora para o Litoral

Fiscalização nos sete municípios que integram a região litorânea - Guaraqueçaba, Guaratuba, Antonina, Morretes, Paranaguá, Matinhos e Pontal do Paraná – passa a ser feira pela 1ª Companhia de Polícia Ambiental de Paranaguá
Publicação
28/09/2009 - 16:02
Editoria
O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, e o comandante do Batalhão de Polícia Ambiental, tenente coronel Rosa Neto, lançaram domingo (27), em Morretes, a Operação Caápua de proteção à fauna e à flora. O litoral do Paraná é uma das regiões mais visadas por caçadores e criminosos ambientais, devido à biodiversidade existente na Floresta Atlântica. A fiscalização nos sete municípios que integram a região litorânea - Guaraqueçaba, Guaratuba, Antonina, Morretes, Paranaguá, Matinhos e Pontal do Paraná – passa a ser feita pela 1ª Companhia de Polícia Ambiental de Paranaguá e vai dar prioridade, principalmente, contra a caça e a pesca predatória, o tráfico de animais e o corte de palmito - crimes comuns na região. “São operações diárias e sigilosas, em que os nossos policiais fazem o levantamento do local de ocorrência e das irregularidades denunciadas ou constatadas para identificar, inclusive, quem são os receptores”, declarou o tenente coronel, Rosa Neto. Segundo ele, o trabalho do poder Judiciário também tem sido essencial para garantir mandados de prisão e de busca e apreensão, permitindo retirar de circulação uma grande quantidade de armas de fogo. “A operação Caápua nada mais é do que o restabelecimento harmônico da natureza e a garantia de preservação do nosso patrimônio natural. Realizamos nestes últimos meses a prisão de diversos caçadores, impedimos que palmiteiros agissem e devolvemos ao seu habitat natural muitos animais apreendidos em armadilhas criminosas. É um trabalho muito gratificante”, resumiu Rosa Neto. FISCALIZAÇÂO - Nos últimos três meses, a Força Verde combateu os crimes ambientais e já apreendeu 156 armas de fogo e 1081 munições. Neste período, também foram apreendidos 513 aves silvestres e 114 animais, sendo a maioria pela companhia de Foz do Iguaçu, uma vez que perto da fronteira há um maior número de tráfico de animais. Além do trabalho de fiscalização, a Operação Caápua terá o papel de conscientizar a população sobre a importância da fauna e da flora, bem como das denúncias sobre venda de animais silvestres e crimes ambientais. Em Morretes, a Força Verde montou uma exposição de animais silvestres taxidermizados para informar a população. As denúncias sobre caça ilegal, corte irregular de árvores e outros crimes ambientais podem ser feitas diretamente pelo telefone 0800-6430304. A ligação é gratuita, durante as 24 horas do dia. A identidade de quem denuncia é mantida em sigilo. SISFAUNA – O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, destacou a importância da Operação Caápua, aliada a outras ações já desenvolvidas pelo IAP como a criação do Sistema de Proteção à Fauna (Sisfauna). “Nesta terça-feira (29) o IAP estará lançando as publicações dos Planos de Ação do Sisfauna e Selo Amigo da Fauna. Estas ações se somarão a atuação da Polícia Ambiental, em prol da conservação da fauna nativa”, informa o secretário Rasca. Ele lembra que a recomposição da cobertura florestal também é importante para o retorno das espécies nativas. “Os plantios das 100 milhões de árvores do Programa Mata Ciliar e a construção dos Corredores de Biodiversidade fecham o ciclo de ações para a manutenção da fauna paranaense”, resumiu. Já o prefeito de Morretes, Amilton de Paula, lembrou dos benefícios da ampliação do Parque Estadual Pico do Marumbi para o seu município. A medida - decretada pelo governador Requião, no ano de 2007 - aumentou a área do Parque Marumbi de 2,3 mil hectares em quatro vezes, chegando a 8.745 hectares. “São ações como esta que mostram à população a importância do patrimônio natural de Morretes para o futuro da população”, lembrou o prefeito. Desde 1999, o Parque Pico do Marumbi é reconhecido pela Unesco como parte integrante do Sítio do Patrimônio Mundial da Natureza, protege ecossistemas da Floresta Atlântica e belezas naturais em estado primitivo. PARTICIPAÇÃO SOCIAL – Durante o lançamento da Operação Caápua - que fez parte do encerramento da Semana da Árvore no Paraná - também foi promovido um plantio de árvores nativas, às margens do rio Nhundiaquara. A solenidade contou com a presença de alunos das escolas de Morretes e de representantes do Rotary Clube Bom Retiro e do Rotary Clube de Curitiba Parque do Barigui. O governador do Rotary Clube de Curitiba Parque do Barigui, Milton Migliozzi, disse que as parcerias com o Governo têm estimulado, cada vez mais, ações ambientais da entidade. “Para nós é gratificante poder comemorar o plantio de 100 milhões de árvores. Em 1976 semeamos de helicóptero sementes de palmito e, mais uma vez, em fevereiro deste ano, a Sema possibilitou uma nova semeadura em Morretes, em parceria com o Rotary”, mencionou Nilton. Para o governador do Rotary Clube Bom Retiro, Alcino de Andrade Tigrinho, toda a contribuição para preservação ambiental é válida. “Pode parecer um grão de areia, mas faz muita diferença no contexto da educação e da participação social”, finalizou. A agenda integrada da semana da árvore foi promovida em todos os municípios que integram os 21 escritórios regionais do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), mobilizando mais de 20 mil pessoas. Os eventos contaram com o apoio de outros órgãos governamentais como Sanepar, Emater, Copel, Escolas Estaduais e municipais, ONGs, clubes de serviços, entre outras instituições.

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