Lactec vai se integrar às políticas públicas do Estado

O Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento, sob a superintendência de Aldair Rizzi, vai retomar seu papel de centro de excelência no desenvolvimento de tecnologia aplicada nas diversas áreas em que atua
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26/04/2007 - 11:00
Transparência administrativa e uma gestão apoiada na racionalização e no planejamento estratégico são as principais propostas para resgatar a imagem do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), de acordo com o superintendente Aldair Rizzi. Um processo de auditoria, iniciado logo após ele assumir a direção do Instituto, apontou diversas irregularidades. “Queremos que o Lactec retome seu papel de instituto de excelência no desenvolvimento de tecnologia aplicada nas diversas áreas em que atua”, declarou Rizzi. O superintendente explicou que o Lactec é um centro de pesquisa tecnológica, sem fins lucrativos, auto-sustentável, que tem como associados a Copel, que é o principal investidor, Associação Comercial do Paraná (ACP), Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR). “O Lactec, por meio das soluções tecnológicas e serviços que desenvolve, pode contribuir para o desenvolvimento econômico, científico e social do Paraná. Para isso, nosso compromisso, com o apoio do governador Roberto Requião, é o de integrar o instituto com as políticas públicas do Estado”, explicou Rizzi. Segundo ele, também faz parte desta estratégia a integração do Lactec com as instituições de ensino superior (IES) e institutos de pesquisas do Paraná. O superintendente do Lactec disse que já foram contatadas diversas secretarias e outros órgãos do governo estadual para a definição de parcerias e para o desenvolvimento de novos projetos. Rizzi destaca a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), a qual comandou no período 2003/2006, como uma das mais importantes para a integração do Lactec às políticas públicas do governo Requião. “Conheço a Secretaria e sei das dificuldades que tivemos com o Lactec. Agora vamos acelerar ao máximo a integração com o sistema público estadual de ciência, tecnologia e ensino superior do Paraná”, afirmou Rizzi. Ele também afirmou que a Secretaria da Educação é outra parceria importante. “Já estamos detalhando o desenvolvimento de dois projetos. O primeiro é o Programa Jovens Cientistas, no qual queremos atuar com os alunos das escolas públicas na iniciação científica, a partir de visitas ao Lactec. O outro projeto é o de melhoria da eficiência no uso de energia nas escolas públicas, como, por exemplo, a elétrica e o gás”. Rizzi lembrou ainda os projetos chip do boi, de rastreabilidade, com a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento; da placa eletrônica, com o Detran-PR; integração no Programa Biodiesel e Energias Alternativas da Seti; monitoramento da qualidade da água e do ar, em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente; destinação de resíduos sólidos urbanos com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Comec; e o plano diretor do sistema Rodoviário Intermunicipal e o estudo de viabilidade do Corredor Oeste com a Secretaria dos Transportes e a Ferroeste. “Poderemos fazer muito mais depois de recuperar a eficiência do Lactec. Nós temos um corpo técnico excepcional. Sei que a maioria está interessada em fazer do Lactec o mais importante centro de pesquisa e tecnologia do país. Já temos excelência em várias áreas e vamos ampliar nossa atuação procurando, por meio da integração às políticas públicas do governo, desenvolver o Paraná”, declarou Rizzi. As estratégias para recuperar o Lactec passam pela formalização de novas parcerias com os governos federal e estadual, com os municípios e o setor energético, além da iniciativa privada. Também pela captação de novos recursos junto a órgãos de fomento, como Finep e ministérios. “Também vamos renegociar novos contratos com a Copel, que é o investidor majoritário e o principal cliente”, explicou. Além da transparência administrativa, já estão sendo divulgadas as contas e as compras pela internet e sendo utilizado o Pregão Eletrônico, finalizou o superintendente.

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