O Departamento de Eletroeletrônica do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec) vai desenvolver, em parceria com Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Sebrae/PR e três empresas curitibanas, um novo sistema de comunicação sem fio que possibilitará melhorias na prestação de serviços públicos, como as medições residenciais de consumo de água, luz e gás. A nova tecnologia, que será desenvolvida já visando baixos custos, poderá também ser utilizada em telemetria, no controle de iluminação pública e monitoramento do fornecimento de energia, além de abrir um novo canal de comunicação para redes de segurança, públicas ou privadas. O projeto prevê ainda aplicações do sistema em TV digital. “A idéia é instalar vários rádios pela cidade, que se comuniquem entre si e transmitam as informações para outros vários pontos”, explica o coordenador do projeto no Lactec, Álvaro Costa. A nova tecnologia, que será financiada pela Finep - órgão ligado ao Ministério de Ciência e Tecnologia, tem previsão de entrega em dois anos. De acordo com Álvaro Costa, o projeto pode resultar na oferta de um novo produto a baixo custo e mais ágil do que os intercomunicadores convencionais. “São mini-rádios instalados em toda a cidade, conectados a redes de captação que irão detectar rapidamente as necessidades das empresas de diversos setores”, diz. O produto final dos estudos do Lactec poderá ser usado em telemetria geral e supervisões de equipamentos e funções em redes elétricas, como corte e religamento de distribuição, monitoramento de transformadores, religadores e chaves. Com ele também será possível monitorar a queda de cabos de alta tensão. “O grande problema da comunicação nas grandes cidades hoje é a capilaridade das redes. A nossa intenção é desenvolver uma tecnologia simples que esteja em vários lugares, com sensores de baixo custo em cada um deles”, afirma Álvaro Costa. “Outra aplicação é para a área de TV digital, como canal de interatividade. Os produtores de programas que promovem enquetes vão poder disponibilizar esses aparelhos, ligados nas casas dos espectadores, que vão poder opinar e participar da programação sem precisar utilizar telefones ou mensagens de celular”, exemplifica o pesquisador.