Lactec vai criar selo eletrônico para aferição de poluentes em caminhões

O Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento deve desenvolver o protótipo de um aparelho eletrônico, que será afixado no pára-brisa de cada veículo, em substituição aos selos plásticos com que é feita a verificação atualmente
Publicação
08/08/2008 - 11:30
O Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec) deve criar, em parceria com a Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), um dispositivo de aferição, seguro e inviolável, das emissões de gases poluentes por caminhões. A idéia é desenvolver o protótipo de um aparelho eletrônico, que será afixado no pára-brisa de cada veículo, em substituição aos selos plásticos com que é feita a verificação atualmente. As conversas entre o Instituto e a Federação já foram iniciadas. Essa é uma das primeiras ações do novo diretor-superintendente, Luiz Malucelli Neto, à frente do Lactec. Segundo ele, a preocupação com assuntos de meio ambiente é constante e uma das principais vocações do Instituto. "Esse é um passo importante para a tecnologia e pode ser implantada nos caminhões que rodam nas estradas brasileiras. Hoje, grandes empresas cobram uma avaliação criteriosa e não permitem que veículos com níveis de poluentes acima do permitido entrem em suas instalações. Este é mais um passo que o Lactec dá na proteção ao meio ambiente", afirma o diretor. De acordo com Malucelli, a Fetranspar segue normas rígidas para um controle rigoroso dos níveis de emissões de gases por caminhões de transporte. “Como todos os caminhões que rodam no Brasil hoje emitem alguma quantidade de carbono, foi estabelecida por leis ambientais federais uma média aceitável”, diz. Estando acima dessas médias, lembra o diretor, o caminhão não recebe a certificação de qualidade dos serviços prestados. Ele salienta que, segundo dados da Federação, a falta da garantia dos níveis de emissão de poluentes pode gerar prejuízos para as empresas de transporte de cargas. Tecnologia – O gerente da Divisão de Eletrônica do Lactec, Carlos Ademar Purim, acredita que o Instituto vai poder oferecer um produto muito mais seguro, economicamente atraente e funcional. De acordo com ele, o Instituto domina a tecnologia que deve ser empregada no projeto e já desenvolveu inovações nessa área, que estão disponíveis no mercado e têm grande aceitação, como os chips de rastreamento de bovinos e as tornozeleiras para controle de presos. "A idéia principal é evoluir com uma nova tecnologia, barata e funcional. O projeto é tecnicamente viável nesse formato. É a possibilidade de uma inovação tecnológica que pode, inclusive, se transformar em uma nova patente do Lactec", lembra o gerente, salientando a contribuição do Paraná para a pesquisa nacional.

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