O Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec) acaba de assinar sete novos contratos para fazer ensaios e projetos para a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), com valor total perto de R$ 2 milhões. “A Coelba, uma empresa de grande porte e de extrema importância para a economia brasileira, procurou pelos serviços do Lactec, que tem experiência no desenvolvimento de novas tecnologias para a área de energia. É um bom exemplo de que o Paraná exporta conhecimento”, afirma o diretor-superintendente do Lactec, Aldair Rizzi. De acordo com Rizzi, a companhia baiana já era cliente do Lactec e os novos contratos são o resultado de bons serviços prestados anteriormente e da confiança adquirida pelo instituto. “A qualidade dos projetos apresentados e os resultados alcançados dão ao Lactec a garantia da procura de empresas nacionais e até internacionais”, diz Rizzi. Os projetos encomendados pela Coelba são direcionados às áreas de qualidade de materiais e segurança, para aumentar a eficiência na distribuição de energia elétrica. Com os ensaios realizados nos laboratórios paranaenses, a concessionária vai aplicar novas tecnologias em medições de consumo nos perímetros urbanos, em linhas de distribuição nas regiões de água salina e no uso de fibras naturais para confeccionar caixas medidoras de distribuição elétrica. O uso de fibras naturais de sizal e coco, que será desenvolvido pelo Departamento de Tecnologia em Materiais do Lactec, tem também um aspecto social a ser estudado. Durante a elaboração do projeto, foi verificado que a cadeia de produção do coco não destina todo o excedente para o reaproveitamento do que será a matéria prima das novas caixas. O que o Lactec quer é apresentar a possibilidade de inserir novos trabalhadores nessa escala, que podem ser absorvidos em um programa de catadores que abasteçam a companhia com os cocos que são atualmente descartados. De acordo com o gerente do Departamento de Tecnologia em Materiais do Lactec, Ricardo Ferracin, os projetos encomendados pela Coelba se complementam para a melhoria da eficiência energética. “Quase toda a verba de Pesquisa e Desenvolvimento da Coelba vai ser aplicada nesses projetos em parceria”, explica. “Nós vamos fazer um mapeamento ambiental para determinar a corrosividade e a degradação de materiais nas regiões de distribuição de energia da Coelba. Com ele a concessionária terá subsídios para a adequação de novos elementos”, diz Ferracin.