O laboratório para a produção de larvas de camarão branco deve ficar pronto até novembro. O projeto do Governo do Paraná para repovoamento do Litoral é inédito no Brasil e integra uma série de outros projetos voltados à pesca e aliados a preservação ambiental. O terreno que vai abrigar o laboratório foi doado recentemente pela prefeitura de Pontal do Paraná. O camarão branco é uma das principais fontes de renda das cerca de 8,2 mil famílias de pescadores radicadas em 60 comunidades de nosso Litoral. “A maior dificuldade que encontramos para dar início a esse projeto, foi a definição de um local para instalação do laboratório”, afirmou o coordenador do Grupo Integrado de Aqüicultura e Estudos Ambientais da UFPR, Antônio Ostrenski, um dos integrantes do Comitê Técnico-Temático da Pesca e Aqüicultura (CTTPA), criado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Também fazem parte do comitê representantes da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e da Emater. Segundo Ostrenski, em dezembro, o laboratório de Pontal do Paraná já estará produzindo larvas, que serão levadas a uma fazenda localizada entre Paranaguá e Guaraqueçaba. Na fazenda da iniciativa privada, conveniada com a UFPR, as larvas permanecerão até o estágio juvenil quando serão devolvidas aos rios, de onde seguirão para o mar aberto e baías. “O repovoamento para compensar o problema ambiental será feito de forma continuada e compreenderá o monitoramento dos resultados, através do acompanhamento genético das larvas liberadas”, explicou Ostrenski. Com mais de 400 quilômetros de costa interna, o litoral do Paraná possui o maior sistema de baías do país, com consideráveis berçários de vida marinha e concentração de pescadores.