Justiça do Trabalho garante acesso dos empregados da Celepar ao trabalho

Em caso de descumprimento, o Sindicato está sujeito a multa diária de R$ 10 mil
Publicação
05/11/2009 - 18:20
A Justiça do Trabalho deferiu liminar pedida pela Companhia de Informática do Paraná (Celepar) para garantir o acesso dos servidores que desejem trabalhar. A empresa recorreu à Justiça por conta de abusos praticados por participantes do movimento grevista. Eles chegaram a impedir o livre à empresa dos funcionários que desejavam trabalhar. “As manifestações e atos de persuassão utilizados pelos grevistas não poderão impedir o acesso ao trabalho nem causar ameaça ou dano à propriedade ou pessoa”, escreve a juíza Flávia Daniele Gomes, da 12.ª Vara do Trabalho de Curitiba, citando a lei 7783/89, que regulamenta o direito de greve. “Em nenhuma hipótese os meios adotados pelos empregados e empregadores poderão violar ou constranger os direitos fundamentais de outrem”, acrescenta o texto. A decisão foi comunicada ao Sindicato dos Empregados de Empresas de Processamento de Dados do Estado do Paraná (SINDPD). Em caso de descumprimento, o Sindicato está sujeito a multa diária de R$ 10 mil. Desde o início da greve, na última quarta-feira (4), grupos fazem manifestações em em frente aos portões principal (Rua Mateus Leme) e secundário (Rua Nilo Peçanha) da Celepar. Eles chegaram a bloquear a entrada e saída de pessoas e veículos. Com a liminar da Justiça do Trabalho, está liberado o trânsito dos empregados que desejem comparecer ao trabalho. SOLICITAÇÃO DE AUDIÊNCIA — Com a negativa dos sindicalistas e da comissão de greve em abrir negociação direta, a diretoria da Celepar solicitou ao Ministério Público, por mais de uma vez, audiência de mediação, onde reafirma a disposição de dialogar com o Sindicato. Junto com o pedido de audiência, a Celepar reafirma ao Ministério Público o cumprimento integral do Acordo Coletivo de Trabalho 2009, em vigor desde o dia 1.º de maio. O Ministério Público também recebeu da Celepar a proposta do Plano de Contingência enviado ao Sindicato, que contém a lista das condições necessárias para evitar prejuízos à população que depende dos serviços de informática prestados pela empresa. Até o início da tarde desta quinta-feira (5), nenhum serviço essencial havia sido afetado pela paralisação.

GALERIA DE IMAGENS