A juíza Lélia S.M. Negrão Giacomet, da 2ª Câmara Cível Suplementar, manteve nesta quinta-feira (28) a decisão de falência da Ferropar (Ferrovia Paraná S/A), decidida anteriormente pela 3ª Vara Cível de Cascavel. Desta forma, fica mantida a retomada do controle da ferrovia pelo governo do Estado. “Esta é a confirmação definitiva de retorno da ferrovia ao controle do legítimo proprietário”, comemorou Samuel Gomes dos Santos, diretor administrativo, financeiro e jurídico da Ferroeste (Estrada de Ferro Paraná Oeste S/A).
A Ferropar pedia a nulidade da decisão que decretou a falência da empresa, mas a juíza Lélia S. M. Negrão Giacomet entendeu que os argumentos apresentados não tinham consistência, mantendo a decisão de falência. Uma decisão, na opinião de Samuel Gomes, absolutamente acertada. “É uma decisão que fortalece a confiança da população na Justiça”, disse. Ele ressaltou ainda a colaboração da Secretaria da Administração e da Procuradoria Geral do Estado na obtenção deste resultado. “Uma parceria vitoriosa”, completou.
Funcionários - Samuel Gomes volta-se agora para a situação dos funcionários da ferrovia. Além de garantir o pagamento dos salários e das obrigações trabalhistas, o diretor da Ferroeste anunciou a realização de um teste seletivo para a segunda semana de janeiro, para contratação emergencial de pessoal. “Como os funcionários foram contratados pela Ferropar, eles não têm vínculo com a Ferroeste. Nem por isso deixaremos de pagá-los como prestadores de serviço”, explicou.
Nesta sexta-feira (29) um novo encontro com os funcionários será realizado na Subdelegacia Regional do Trabalho de Cascavel, às 15 horas, para a assinatura de um termo de compromisso nas condições propostas pela Ferroeste.
Denúncia – Nesta quinta-feira (28) o diretor da Ferroeste registrou uma notícia-crime na 15ª Subdivisão Policial de Cascavel. Ele quer que seja investigado um ato de sabotagem contra a ferrovia, que teve seu sistema de informática violado na quarta-feira (27). “Não será surpresa se a autoria do crime for a mesma de outras sabotagens já ocorridas, feitas a mando dos diretores da falida Ferropar. Algumas foram evitadas pela ação preventiva da Polícia Militar em Guarapuava, mas que resultaram em investigação da 14ª Subdivisão Policial daquele município”, alertou Samuel Gomes.
O diretor da Ferroeste pede uma investigação para comprovar o crime e identificar os autores. “Trata-se de ato criminoso e de evidente gravidade, porque dirigido contra a atividade econômica lícita da Ferroeste e a prestação de serviço público de relevância econômica e social indiscutível”, ressaltou Samuel Gomes em carta endereçada ao delegado-chefe da 15ª Subdivisão Policial.