O Espaço Cultural BRDE/ Palacete dos Leões promove nesta semana o lançamento de três livros. Uma das edições resgata o jornalismo cultural paranaense nos anos 70 e 80. Outro trata da obra do artista plástico paranaense Carlos Eduardo Zimmermann. O terceiro mostra a contribuição do Paraná para preservar e desenvolver a arte ucraniana das pêssankas. O Espaço Cultural fica na Avenida João Gualberto, 530/570, em Curitiba.
Na terça-feira (7), foi lançado “Jornalismo Cultural: Um resgate”, retomando o movimento jornalístico cultural das décadas de 70 e 80. A idéia partiu da pesquisadora Selma Sueli Teixeira, que reuniu o trabalho de sete jornalistas. O primeiro volume contempla quatro jornalistas mulheres: Adélia Maria Lopes, Marilu Silveira, Rosirene Gemael e Dinah Ribas Pinheiro. O segundo volume reúne trabalhos de três jornalistas homens: Zeca Correia Leite, Reinaldo Jardim e Aramis Millarch.
Já nesta quinta-feira (8) às 19 horas, será a vez do artista plástico paranaense Carlos Eduardo Zimmermann lançar o livro “Zimmermannn – O Objeto e Sua Aura”. Considerado um dos mais expressivos artistas brasileiros, o paranaense é tema de um livro biográfico com cronologia do artista nestas mais de três décadas de produção artística. Os textos de apresentação foram escritos por três especialistas nas artes visuais: Olívio Tavares de Araújo (de São Paulo), Roberto Pontual (do Rio de janeiro) e Adalice Araújo (de Curitiba).
Na sexta-feira (9), também às 19h, o jornalista e escritor Eduardo Sganzerla lança mais um livro: “Pêssanka – A Arte Ucraniana de Decorar Ovos no Brasil”. O trabalho conta a história da tradição milenar trazida pelos imigrantes vindos da Ucrânia no final do século XIX. Além disso, mostra a origem da pêssanka, os principais significados de sua simbologia, o processo de aculturação e o meticuloso e refinado trabalho de artesãs e artesãos paranaenses.
Com duas edições simultâneas, em Português e Inglês, este é o primeiro livro que retrata a pêssanka criada em comunidades ucranianas fora de seu país de origem. “As famílias de imigrantes ucranianos e descendentes, praticando e aperfeiçoando a arte por mais de um século, em especial na Páscoa, ajudaram de maneira decisiva a preservar esta magnífica tradição cultural e possibilitaram o renascimento da pêssanka na própria Ucrânia”, explica o autor.
Para retratar com mais fidelidade esta história, Sganzerla esteve na Ucrânia. Visitou Kiev, Lviv e o coração da terra das pêssankas, Kolomyia (província de Ivano-Frankivsk). Apenas nesta região dos montes Cárpatos que a pêssanka sobreviveu aos 70 anos do regime comunista soviético, que tentou aniquilá-la. Ali foi fundado o Museu de Pêssankas, que reconstituiu todos os estilos regionais da Ucrânia e guarda o maior acervo de ovos decorados do mundo.