Os paranaenses Alê, Léo e Tupã, bicampeões de handebol no Pan-Americano, no Rio de Janeiro, tiveram os primeiros momentos na modalidade nos Jogos Colegiais do Paraná. “É uma competição muito importante, ajuda a formar os atletas e a despertá-los para as competições. Quando comecei, não esperava chegar à seleção brasileira e conquistar um título desse pela segunda vez”, afirma Tupã, que é de Maringá, assim como o goleiro Alê. O armador Léo é de Campo Mourão.
Na fase final dos 54.º Jogos colegiais do Paraná (Jocop’s), na primeira quinzena de julho, em Curitiba, a conquista do título pelo Colégio Marista, de Maringá, na categoria masculino, Classe A (15 a 17 anos), mostra que uma nova geração de jogadores da cidade pretende seguir o caminho de Tupã e Alê. Em junho, nas Olimpíadas Universitárias, em Blumenau, o título do masculino também foi conquistado por jogadores de Maringá, da UEM.
“A retomada dos Jogos Colegiais do Paraná pelo Governo Roberto Requião foi exatamente para essa finalidade, da iniciação no esporte na escola. Ao organizar competições para os alunos, estamos oferecendo a eles a oportunidade de praticar esportes, de defender o seu colégio e até de seguir carreira num clube na modalidade de sua preferência”, destaca o presidente da Paraná Esporte, Ricardo Gomyde.
Quanto ao handebol, Gomyde destaca as parcerias do Governo do Paraná com a Confederação Brasileira de Handebol, via Federação Paranaense de Handebol. “As seleções femininas principalmente, de várias categorias, têm treinado no Paraná. Com isso valorizamos as nossas atletas, que em breve estarão na seleção principal”, aposta Gomyde.
Assim como o handebol masculino, o feminino também confirmou a hegemonia brasileira no Continente ao conquistar o ouro nos XV Jogos Pan-americanos, no último fim de semana. A equipe feminina conquistou o tricampeonato na competição ao bater a seleção de Cuba. A masculina reservou a vaga para as Olimpíadas de Pequim 2008 após vencer a Argentina.
“A história do handebol brasileiro vem acompanhada do apoio incondicional do Ministério do Esporte, que nos apoiou desde o início e permitiu que nossa equipe deixasse de ser figurante para tornar-se personagem principal no continente americano”, diz o presidente da Confederação Brasileira de Handebol, Manoel Oliveira. Segundo ele, o esporte avançou no Brasil após a criação da Lei Agnelo/Piva. “O esporte brasileiro pode ser dividido em duas fases: antes e depois da Lei Agnelo/Piva. No caso específico do handebol, o investimento foi traduzido em medalhas de ouro”, afirma.
A Lei Agnelo/Piva garante o repasse de 2% do valor arrecadado nas loterias federais para as confederações de desportos do Brasil. Esses recursos e o patrocínio da Petrobrás possibilitaram a formação de recursos humanos na modalidade, o aprimoramento técnico de atletas, a vinda de técnicos estrangeiros e a participação em campeonatos no exterior.