Já estão abertas inscrições ao concurso da Copel

Empresa vai contratar 377 teleatendentes e eletricistas aprendizes, como uma das medidas que revêem as terceirizações na empresa
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30/07/2003 - 00:00
Editoria
Estão abertas a partir de quinta-feira (31) as inscrições para o concurso público de admissão da Copel, que vai selecionar 225 teleatendentes aprendizes e 152 eletricistas aprendizes para preenchimento de vagas em diversas localidades do Paraná. O salário inicial é de R$ 638,46 para eletricistas e de R$ 607,47 para teleatendentes. Nos dois casos, o valor é complementado por um auxílio-alimentação de R$ 301,40 por mês, além de benefícios assistenciais. A escolaridade mínima exigida dos candidatos é o segundo grau completo. As inscrições vão até o dia 6 de agosto e só podem ser feitas através da internet, pela página eletrônica da PUC/PR – Pontifícia Universidade Católica do Paraná (www.pucpr.br). A taxa de inscrição é de R$ 25,00. As provas estão marcadas para o dia 17 de agosto. Os locais de prova e o ensalamento estarão disponíveis para consulta também na internet. No dia 22 de agosto, a Copel divulga no seu endereço eletrônico (www.copel.com) e no da PUC/PR os gabaritos das provas e a relação preliminar dos candidatos aprovados. A lista oficial e definitiva vai ser publicada no Diário Oficial do Estado de 17 de setembro. O edital completo do concurso já está disponível para consulta nos endereços eletrônicos da Copel e da PUC/PR. Ali estão detalhadas todas as informações sobre o processo de seleção, tais como requisitos, prazos, regras, critérios e normas. A Copel informa que não prestará informações a respeito do concurso por telefone. Terceirizações – A realização deste concurso de seleção marca o início efetivo de uma nova política para a área de recursos humanos na Copel, que inclui rever em profundidade a questão das terceirizações. Para o presidente da Companhia, Paulo Pimentel, a transferência de certas atividades da empresa para pessoal terceirizado resultou em perda na qualidade do atendimento aos consumidores, além de prejuízos à imagem da Copel. “A rotatividade da mão-de-obra terceirizada é muito grande, tornando constante a necessidade de reposição”, argumenta Pimentel. “Quando uma pessoa começava a atingir níveis satisfatórios de produtividade, terminava saindo e nos obrigando a preparar outro indivíduo, num trabalho sem fim”. Na avaliação do presidente, quem mais sentia os efeitos disso era o cliente. “Ao procurar a Copel, o consumidor se via atendido por uma pessoa despreparada ou insegura que, por não ter vínculo profissional com a empresa, acabava não demonstrando maior comprometimento com os seus valores e sua cultura nem tanto zelo com a boa imagem e o conceito da Companhia”. Em razão disso, a eficácia das terceirizações em certos setores está sendo repensada e, no caso dos atendentes nas Centrais Telefônicas e dos eletricistas, bastante reduzida. Segundo o gerente de Atendimento ao Cliente da Copel, Angelino Rinaldo de Macedo, as centrais de teleatendimento da empresa no Estado (em Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Maringá e Cascavel) vinham operando com índice de 75% de terceirização. “Após o concurso, só 30% dos atendentes não terão vínculo formal de emprego com a Copel: serão os portadores de deficiência física encaminhados por associações e entidades com as quais a Companhia mantém convênio”. Angelino também observa que das 225 vagas para teleatendentes a serem preenchidas neste concurso, 23 estão reservadas a pessoas portadoras de deficiência – duas vezes o que dispõe a legislação.