Ipardes e Ipea se unem para estudos da realidade brasileira


Os estudos terão atuação nas áreas de redes urbanas, licenciamento ambiental, gestão municipal, assentamentos em regiões metropolitanas, dinâmicas regionais e na de formalização do emprego
Publicação
15/10/2008 - 17:30
Editoria
O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) realizou acordo com o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) para a realização de cinco estudos sobre a dinâmica regional brasileira. Instituições de pesquisa de outros Estados também farão parte dos estudos, constituindo uma rede de análises. Os estudos terão atuação nas áreas de redes urbanas, licenciamento ambiental, gestão municipal, assentamentos em regiões metropolitanas, dinâmicas regionais e na de formalização do emprego. O presidente do Ipardes, Carlos Manuel dos Santos, considera a iniciativa importante por permitir que as instituições se aprofundem na realidade de seus respectivos Estados fazendo também comparativos dentro do cenário nacional. “O Ipea volta a pensar e a priorizar estudos de perspectiva de desenvolvimento da sociedade a médio e longo prazos, com uma compreensão dinâmica da sociedade brasileira, integrando os institutos de pesquisa das diversas unidades da Federação”, informa Carlos Manuel. O estudo Dinâmica Urbana dos Estados integra o projeto Rede Urbana do Brasil e da América do Sul e tem por objetivo caracterizar aspectos da urbanização nos Estados integrantes da pesquisa, no período de 2000 a 2007. O foco estará nas transformações ocorridas no perfil demográfico e produtivo das cidades, bem como na sua distribuição espacial, a fim de contribuir para a definição de estratégias de apoio à formulação e à execução da política urbana em diferentes escalas. O Ipardes participou da elaboração da primeira versão do estudo, Caracterização e Tendências da Rede Urbana do Brasil, no início da década, tendo sido responsável pela publicação dos resultados referentes à Região Sul. Quanto ao tema Fortalecimento Institucional e Qualificação da Gestão Municipal, serão abordadas as complexas atribuições municipais que crescem a cada dia, seja em função da descentralização das políticas de cunho local (sociais e urbanas) ou em decorrência de sua inserção no processo de desenvolvimento econômico e da conseqüente necessidade de geração de renda e emprego. A principal contribuição dessa temática é estabelecer parâmetros para a gestão dos municípios e a indicação de gargalos a serem enfrentados, visando qualificar e fortalecer as administrações municipais para que desempenhem a contento as políticas públicas sob sua responsabilidade. O estudo Comparação de Tipologias e Caracterização Socioeconômica dos assentamentos precários em Regiões Metropolitanas do Brasil tem o foco na tentativa de discutir o que seriam assentamentos precários e reunir informações a serem comparadas em várias regiões metropolitanas no Brasil. Com isso, pretende-se analisar diferenças, especificidades regionais e semelhanças entre esses assentamentos. Há também o objetivo de quantificação das pessoas que residem nesses assentamentos precários, com vistas a dimensionar esse problema e poder subsidiar ações públicas dirigidas a esse assunto, levando em consideração as especificações locais e regionais. Sobre a dinâmica recente do desenvolvimento regional brasileiro o estudo vai analisar o assunto em todas as suas dimensões: econômica, social, produtiva e de mercado de trabalho. O trabalho deve permitir uma visão da dinâmica brasileira em seu conjunto, além de possibilitar a cada Estado se ver no contexto dos setores e segmentos econômicos/sociais do país. BOX: Instituições que participam dos estudos com o IPEA: - Região Sul: Ipardes (PR) e Fundação de Economia e Estatística (RS) - Região Sudeste: Fundação Cide (RJ), Instituto Pereira Passos (RJ), Dipro / Sempla (SP), Fundação Seade (SP) e Instituto Jones dos Santos Neves (ES) - Região Norte: Seplan (AM), Fundação João Pinheiro (MG) e IDESP (PA) - Região Nordeste: Seplan (AL), SEI (BA), Ipece (CE) e Ideme (PB) - Região Centro-Oeste: Companhia de Planejamento do Distrito Federal (DF), FAPEMS (MS) e SEPIN (GO)

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