Ipardes apresenta análise sobre políticas estaduais de desenvolvimento

Tema foi abordado durante o Seminário “Leituras e Desafios do Desenvolvimento Brasileiro Contemporâneo”, em Brasília
Publicação
02/10/2008 - 18:57
Editoria
O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) apresentou nesta quarta-feira (2), em Brasília, uma análise sobre políticas estaduais de desenvolvimento industrial e de serviços. O assunto foi abordado durante o Seminário “Leituras e Desafios do Desenvolvimento Brasileiro Contemporâneo”, promovido pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). Para a diretora do Centro de Treinamento para o desenvolvimento do Ipardes, Thaís Kornin, o Ipea retoma o papel de discutir políticas de desenvolvimento, colocando o Estado como principal agente transformador da realidade social. Ela destaca o rompimento da hegemonia neoliberal, cujo foco central preconizava o afastamento do Estado de seu papel de regulação das relações entre sociedade e mercado. “É preciso pensar estratégias que tragam uma outra visão de desenvolvimento, cujos pilares sejam a consolidação de outra economia que possibilite um processo real de inclusão e emancipação social”, comentou. O funcionário do Ipardes e atual presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Mariano de Matos Macedo, foi quem proferiu a palestra durante o Seminário, pontuando os seguintes assuntos: as mudanças recentes no padrão de políticas estaduais de desenvolvimento industrial e de serviços; guerra fiscal e federalismo; reforma tributária; tendências recentes de uma maior articulação das políticas estaduais de desenvolvimento. “Há uma idéia procurando desmerecer as ações dos Estados, por considerar-se que tudo se resume a guerra fiscal e esta, por sua vez, acaba ganhando um caráter espúrio. Os Estados também fazem políticas de desenvolvimento. Seja qual for o redesenho de Federação brasileira, com ou sem reforma tributária, essa Federação tem que partir do pressuposto de que os Estados têm papel relevante”, frisou. Para Macedo, quanto mais se reforçam as políticas nacionais de desenvolvimento, como Política de Desenvolvimento Produtivo, Programa de Aceleração do Crescimento, Política Industrial Tecnológica e de Comércio Exterior, maior tem sido a tendência de maior “cooperação” entre os eixos estratégicos das políticas nacionais e estaduais.