Ipardes aponta queda no desemprego na RMC

Segundo pesquisa do Instituto, aumentou em 10 mil o número de pessoas empregadas
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22/12/2003 - 00:00
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A Região Metropolitana de Curitiba apresentou pelo 4º mês consecutivo a menor taxa de desemprego do país, ficando em 8% no mês de novembro. Os dados são da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice calculado para novembro, e que ficou abaixo da média nacional (12,2%), representou queda de 0,5 ponto percentual em relação mês anterior (8,5%). As taxas das demais regiões metropolitanas foram: Salvador, 16,4%; São Paulo, 14%; Recife, 14%; Belo Horizonte, 10,3%; Porto Alegre, 9,4%; e Rio de Janeiro, 8,9%. Desocupados – A pesquisa do Ipardes estimou em 110 mil o número de pessoas desocupadas e procurando trabalho em novembro, o que representa um decréscimo de 6% em relação a outubro (117 mil). Do total de pessoas desocupadas, 52,3% eram mulheres. Quanto ao tempo de procura por trabalho, para 13,1% foi de até 30 dias; para 46,4% de 31 dias a seis meses; para 14,2% de sete a 11 meses; e para 16,1% de um ano a menos de dois anos. Já o número de pessoas ocupadas foi estimado em 1,265 milhão, apresentando um aumento de 10 mil pessoas a mais nesta condição, ou seja, 0,8% em relação ao mês anterior. Atividade – A população em Idade Ativa (PIA), composta por pessoas de 10 anos ou mais, foi de 2,273 milhões. Destas, 60,5% eram economicamente ativas (PEA) e 39,5% eram não economicamente ativas (PNEA), correspondendo respectivamente a 1,375 milhão e a 897 mil pessoas. A PEA apresentou variação de 0,1%, passando de 1,373 milhão em outubro, para 1,375 milhão em novembro. A taxa de atividade, que é a relação entre as pessoas economicamente ativas e as pessoas em idade ativa, foi de 60,5%. O número de pessoas não economicamente ativas foi estimado em 897 mil, apresentando acréscimo de três mil pessoas em comparação ao mês anterior. Carteira assinada – Do total de ocupados em novembro, 71,5% eram empregados (905 mil), 21,4% trabalhavam por conta própria (271 mil) e 5,6% eram empregadores (71 mil). Do total de ocupados, 46,7% eram empregados com carteira de trabalho assinada (591 mil) e 18,1% não tinham registro em carteira (229 mil). No setor privado, o número de empregados com carteira de trabalho assinada apresentou variação negativa de 1,8%, enquanto o de empregados sem registro teve acréscimo de 5,9%. Grupos de atividade – Considerando os grupamentos de atividade, os que apresentaram crescimento no número de ocupados foram: construção civil (5,0%); comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais e domésticos e comércio varejista de combustíveis (8,0%); administração pública, defesa seguro social, educação, saúde e serviços sociais (1,1%). Já os grupamentos que apresentaram queda foram: indústria extrativa e de transformação, e produção e distribuição de eletricidade, água e gás (3,2%); serviços domésticos (2,9%); intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas (2,7%) e outros serviços (3,0%). Rendimento - O rendimento médio real habitualmente recebido pelos ocupados no mês de novembro foi de R$ 808,70, valor 1,1% superior ao de outubro (R$ 800,05). O rendimento médio dos empregados do setor privado com carteira assinada teve decréscimo de 0,6%, enquanto o rendimento dos empregados sem carteira assinada caiu 6,3%. Já os trabalhadores autônomos tiveram um pequeno acréscimo de 0,7%. O rendimento médio real efetivamente recebido pelas pessoas ocupadas, referente ao mês de outubro, foi de R$ 794,63 (3,31 salários mínimos), superior ao de setembro, que foi de R$ 787,15. Tanto os empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada, como os sem carteira assinada e os trabalhadores por conta própria tiveram decréscimo nos seus rendimentos médios efetivamente recebidos, de 0,6%, 2,4% e 1,4% respectivamente, se comparados aos rendimentos de setembro.