A Pesquisa Mensal de Emprego realizada pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social) e IBGE em fevereiro indicou que o número de pessoas ocupadas na Região Metropolitana de Curitiba teve uma queda de 1,5% em relação a janeiro, passando de 1,215 milhão para 1,197 milhão. A taxa de desemprego foi de 9,0%, superior à de janeiro (7,8%), ficando o número de desocupados em 119 mil pessoas, contra 103 mil no mês anterior.
De acordo com a diretora do Centro Estadual de Estatística do Ipardes, Sachiko Araki Lira, o aumento da taxa de desemprego no primeiro trimestre do ano já é esperado. “Isso acontece porque ocorre um aumento sazonal em dezembro, com as contratações temporárias de fim ano, mas depois, costumeiramente, a taxa volta aos patamares anteriores”, analisa.
Penúltimo - Em comparação com as taxas de desemprego de outras regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, a de Curitiba ficou em penúltimo lugar entre as capitais com as maiores taxas de desemprego. O 1.° lugar ficou com Salvador (15%). Em seguida ficaram São Paulo (13,6%), Recife (12,1%) e Belo Horizonte (10,1%). Curitiba aparece logo depois, seguida dePorto Alegre e Rio de Janeiro ficaram empatadas em 6.° lugar, com taxa de desemprego de 8,6%.
Em fevereiro, 4,9% das pessoas ocupadas encontravam-se na condição de subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas. No mês de janeiro, este percentual foi de 6,4%.
Considerando os grupamentos de atividade, os que apresentaram crescimento no número de pessoas ocupadas foram administração pública, seguro social, educação, saúde e serviços sociais (1,7%); comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais e domésticos, e comércio varejista de combustíveis (1,2%); e indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água (0,9%).
Já os grupamentos que apresentaram queda foram intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas (9,0%); serviços domésticos (8,6%); outros serviços (2,0%) e construção civil (1,9%).
PEA - A pesquisa estimou em 2,227 milhões o número de pessoas com idade acima de 10 anos (População em Idade Ativa – PIA) na RMC. Deste total, 59,1% faziam parte da População Economicamente Ativa (PEA) e 40,9% da População Não-Economicamente Ativa (PNEA).
Renda - O rendimento médio real “habitualmente” recebido pelas pessoas ocupadas no mês de janeiro foi de R$ 791,90, inferior a dezembro de 2002 (R$ 841,59). Os empregados com carteira de trabalho assinada do setor privado tiveram redução de 3,3% nos seus rendimentos médios enquanto que entre os sem registro a redução foi de 2,0%.
O rendimento médio real “efetivamente” recebido na RMC, referente a janeiro de 2003 (valores em reais de janeiro de 2003), foi de R$ 773,90, valor 19,4% inferior ao de dezembro de 2002 (R$ 960,45). A queda no rendimento médio ocorreu tanto para os trabalhadores do setor privado (20,6%) quanto para os do setor público (28,1%).
Em comparação com o rendimento médio pesquisado pelo IBGE nas demais regiões metropolitanas, a de Curitiba ficou em 4.° lugar. São Paulo ficou em 1.º lugar com R$ 1.020,90. Em seguida vêm Rio de Janeiro, com R$ 813,50 e Porto Alegre, com R$ 794,70. Abaixo de Curitiba aparecem Belo Horizonte (R$ 704,40), Salvador (R$ 663,10) e Recife (R$ 592,20).