Para o Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri), entidade que congrega 270 executivos e profissionais da área nas principais companhias de capital aberto do país, a participação do governador Roberto Requião e da Copel na solenidade de abertura do pregão da Bolsa de Valores de Nova Iorque é motivo de satisfação. “A Copel é uma empresa vencedora e nos orgulha que ela esteja mostrando seu valor em Wall Street”, afirmou o presidente da entidade, José Luiz Acar.
“É motivo de orgulho ver empresas brasileiras que se colocam num patamar de excelência como o atingido pela Copel serem reconhecidas internacionalmente”, completou. Os profissionais de relações com investidores são o meio de contato preferencial entre as empresas que têm ações em bolsa e os agentes do mercado financeiro, como analistas e gerentes de investimento. Como a credibilidade e a transparência das informações são as componentes básicas para o funcionamento do mercado financeiro, não deixa de ser uma valorização à atividade a distinção conferida pela Bolsa de Nova Iorque à Copel. “Todas as empresas comprometidas com a transparência, como é o caso da Copel que inclusive tem recebido prêmios por isso, merecem ser destacadas”, afirmou o presidente do Ibri.
Comandando uma instituição relativamente nova, com sete anos de existência, José Luiz Acar acredita que a legislação brasileira que regulamenta e controla o funcionamento do mercado de capitais “não deve nada” às suas similares de outros países no rigor com que trata a necessidade de transparência e adesão aos princípios de governança corporativa.
ACP – A manutenção da Copel sob controle do Estado foi um dos pontos ressaltados pelo presidente da Associação Comercial do Paraná, Cláudio Slavieiro. Segundo ele, os 50 anos da companhia, comemorados com a cerimônia na Bolsa de Nova Iorque, foram concretizados em eficiência e benefícios à população e “não pode, não deve e não serão esquecidos”.
Em 2001, foi criado o movimento “A Copel é Nossa”, apoiado pelo então senador Roberto Requião e que reuniu várias entidades paranaenses, para impedir a privatização da empresa. “Na época em que se pretendia privatizar a Copel, nossa entidade refletiu, em debates públicos, e absorveu o sentimento da comunidade de que a empresa é um dos maiores patrimônios de nosso Estado, que dele não pode abrir mão. Ao contrário, a Copel é um bem a ser preservado, com tudo o que uma empresa moderna pode significar a um Estado e à sua população”, comentou.
Balanço – A Copel apresentou lucro líquido de R$ 297,7 milhões nos primeiros nove meses deste ano, segundo o balancete encerrado em 30 de setembro. Considerando apenas o terceiro trimestre de 2004, o lucro líquido chegou a R$ 125 milhões. Os resultados apresentados ao mercado pela Copel informam que a receita operacional líquida acumulada no ano atingiu R$ 2,73 bilhões e foi 27% maior que nos nove primeiros meses de 2003. Só no terceiro trimestre, a receita chegou a R$ 984,8 milhões. Já o lucro operacional (receitas da venda de eletricidade menos as despesas operacionais) finalizou o período em R$ 469 milhões, sendo R$ 196,3 milhões apenas no terceiro trimestre.
O mercado consumidor de energia elétrica atendido pela empresa (o equivalente a cerca de 98% do mercado total do Paraná) cresceu 1,8% comparativamente ao acumulado de janeiro a setembro do ano passado, totalizando 13.229 GWh (gigawatts-horas). O maior crescimento percentual foi registrado na classe comercial (6,1%), seguido dos segmentos rural (5,9%) e residencial (1,9%). O consumo industrial, informa a Copel, decresceu 1% no comparativo em razão da saída de alguns consumidores livres que integravam a base de cálculo no ano que passou. Excetuados tais casos, a indústria paranaense apresenta expressivos 8,8% de crescimento no consumo e o mercado consumidor total da Copel, 5,7%.
O número de ligações atendidas pela Companhia cresceu 2,8%, totalizando em setembro 3.157.334 consumidores.
Instituto Brasileiro de Relações com Investidores diz que Copel é empresa vencedora
Já para o presidente da Associação Comercial do Paraná, os 50 anos da Companhia “foram concretizados em eficiência e benefícios à população”, devido a sua não-privatização
Publicação
23/11/2004 - 00:00
23/11/2004 - 00:00
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