O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Curitiba para famílias que recebem de 1 a 40 salários mínimos foi de 1,53% no mês de dezembro em relação a novembro, segundo o Ipardes. O levantamento, divulgado nesta quarta-feira (8), com a presença da nova presidente do instituto, professora Liana Carleial, aponta que o acumulado do ano de 2002 ficou em 12,02%, o maior índice anual desde o reinício do cálculo em 1999.
O grupo de alimentos e bebidas foi, pelo quinto mês consecutivo, o principal responsável pela alta. O segmento apresentou em dezembro uma variação de 2,56% - o que contribuiu com 0,5 ponto percentual no resultado do mês. Em novembro o índice ficou em 6,23%
Dentro do grupo, os produtos que mais tiveram influência em dezembro foram almoço e jantar (2,69%), leite pasteurizado (4,84%), refrigerante (4,87%), açúcar refinado (10,31%), ovo de galinha (16,82%) e arroz (6,96%). Já os produtos que mais influenciaram na queda de preço no grupo de alimentos e bebidas foram o tomate (38,54%), uva (24,14%), pêssego (28,62%), manga (31,43%) e pimentão (27,22%).
Despesas pessoais – O segundo grupo que mais contribuiu para o aumento da inflação em dezembro foi o de despesas pessoais. A elevação foi de 1,57% e a contribuição para o resultado final foi de 0,26 ponto percentual. Dentro do grupo, tiveram maiores contribuições os aumentos nos preços dos cigarros (9,29%) e excursão não escolar (9,9%).
Depois das despesas pessoais, o grupo que mais pesou no aumento do custo de vida em Curitiba foi o de saúde e cuidados pessoais. A variação foi de 2,32% e decorreu principalmente da alta em medicamentos (5,62%). O peso do grupo no resultado final foi de 0,24 ponto percentual. Dentre os tipos de medicamentos que sofreram as maiores altas, destacam-se: antiinfeccioso e antibiótico (5,28%) e antiinflamatório (5,51%).
Dentro de todos os segmentos pesquisados, o grupo de artigos de residência foi o que teve maior aumento (2,61%), mas com menor peso no resultado final. Também contribuíram para a alta do IPC de dezembro em Curitiba os grupos de vestuário (1,77%), habitação (0,74%) e transporte e comunicação (0,47%).