Inflação em Curitiba recua para -0,45%

Taxa da segunda prévia de fevereiro teve uma pequena diferença em relação à primeira, que ficou em -0,40%
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23/02/2007 - 18:20
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O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em Curitiba, calculado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) nos últimos 30 dias terminados em 14 de fevereiro, foi de -0,45%. O índice registra uma pequena diferença em relação à primeira prévia do mês, que ficou em -0,40%. O grupo que apresentou maior influência para a queda foi o de vestuário, com diminuição de preços de -3,31%. Os itens que tiveram queda neste grupo foram blusa feminina (-9,80%), camisa masculina (-5,30%), calça comprida masculina (-4,12%) e feminina (-4,54%), tênis para adulto (-3,91%). Em alta, o preço das jóias (6,32%). De acordo com a diretora do Centro Estadual de Estatística do Ipardes, Sachiko Lira, a proximidade do final do verão influenciou a queda no preço dos artigos do vestuário. “É comum, nesta época do ano, as lojas liquidarem seus estoques da coleção primavera/verão substituindo pela coleção outono/inverno”, analisa. Os grupos que apresentaram alta foram os de Alimentos e Bebidas (0,50%) e de Habitação (0,31%). No grupo Habitação, o imposto predial foi o item de destaque com alta de 1,75%. No grupo Alimentos e Bebidas, alguns itens que compõem a feira como legumes, verduras e frutas tiveram aumento muito acima ao do índice geral da inflação, calculado no período. Os itens do grupo Alimentação e Bebidas com aumento significativo foram: repolho (52,60%), couve-flor (41,54%), tomate (31%), alface (30,74%), manga (29,52%), pepino (28,68%), morango (20,17%), brócolis (18,06%), couve manteiga (11,04%), café em pó (9,64%) e refrigerante (3,32%). Tiveram queda os preços: do pimentão (-28,25%), da uva (-16,39%), do mamão (-15,44%), da banana caturra (-14,33%) e da pêra (-14,20%). O almoço e jantar fora de casa tiveram aumento de 0,62% e o lanche queda de –3,37%. A coordenadora do Projeto IPC do Ipardes, Maria Luiza de Castro Veloso, atribui a alta nas verduras em geral ao clima instável. “O preço destes produtos tiveram alta acentuada por causa das mudanças climáticas muito drásticas, como as fortes chuvas que vêm ocorrendo ultimamente na região. Isso provoca perda/diminuição na produção (oferta) e, conseqüentemente, os preços sobem, porque a procura (demanda pelos produtos) continua a mesma, não diminui na mesma proporção”, afirmou Veloso. Individualmente, os itens que mais contribuíram no índice geral, pela ordem da maior para menor contribuição, foram: gasolina (-6,50%), serviços de empregada doméstica (-9,69%), excursão turística (-9,58%), café em pó (9,64%) e seguro voluntário de veículo (12,44%). No anexo, a tabela com as variações de todos os grupos.