Inflação em Curitiba no semestre fechou em 2,46%, aponta Ipardes

Desde 1999, quando o Ipardes iniciou a pesquisa, este foi o quarto menor resultado para os primeiros seis meses do ano
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17/07/2007 - 14:40
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O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acumulado no primeiro semestre de 2007 em Curitiba teve uma elevação de 2,46%, segundo levantamento realizado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). O resultado ficou dentro da meta oficial de inflação para o país no ano. A previsão para 2007 é de um IPC nacional de 4,5%, com desvio máximo de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. O índice do primeiro semestre de 2007 foi menor que em igual período de 2006 (2,93%). Desde 1999, quando o Ipardes iniciou a pesquisa, este foi o quarto menor resultado para os primeiros seis meses do ano, superando apenas os anos de 2000 (1,94%), 2001 (2,34%) e 2005 (1,90%). Alimentos e Bebidas foi o grupo que mais pesou no bolso dos curitibanos em 2007. A principal pressão foi exercida pelo leite pasteurizado, que chegou a subir 33% no período, basicamente em função da menor oferta do produto à disposição do consumidor. Para o mesmo período nos anos de 2004, 2005 e 2006, o leite subiu 11,78%, 8,75% e 8,56%, respectivamente. Nesse ritmo de alta, estão também os derivados do leite que, em sua maioria, tiveram aumentos consideráveis neste período: leite em pó integral (4,34%), queijo prato (10,61%), queijo mussarela (11,71%), iogurte (4,86%), leite condensado (4,92%), requeijão (12,76%) e creme de leite (1,78%). Ainda no grupo Alimentos e Bebidas aparecem em destaque: de um lado, os aumentos da batata-inglesa (94,42%), da refeição fora de casa (4,05%), do refrigerante (9,87%) e do café em pó (12,65%), e de outro, os preços do açúcar refinado e do arroz, que caíram 19,87% e 8,86%, respectivamente. Único com queda, o grupo Artigos de Residência acumula uma variação média de -1,5% nos preços de seus produtos neste ano. Conseqüência, em grande parte, da queda da moeda americana frente ao Real, levando à queda nos preços de produtos duráveis, como aparelhos eletroeletrônicos: televisores (-2,96%) e microcomputadores (-2,60%). As excursões turísticas e os combustíveis contribuíram de forma mais significativa para que o índice semestral não fosse maior. Os preços dos pacotes turísticos caíram em média 33,94% no período, seguido da gasolina, que baixou 8,40% e do álcool, que caiu 13,83%. No embalo dos preços menores dos pacotes internacionais (influenciados pelo dólar mais barato), os preços praticados para as rotas nacionais também caem, além dos problemas que vêem ocorrendo nos aeroportos nacionais, levando a uma diminuição na demanda por viagens aéreas e, consequentemente, por pacotes turísticos, refletindo na queda de preços dos mesmos. Gráficos e tabelas da análise semestral do IPC podem ser obtidos através deste link: http://www.ipardes.gov.br/pdf/indices/ipc_prim_semestre_2007.pdf BOX Inflação em Curitiba cai no mês de junho O Índice de Preços ao Consumidor de Curitiba para famílias que recebem de 1 a 40 salários mínimos foi de 0,36% no mês de junho em relação a maio, que havia sido de 0,56%. O acumulado do ano está em 2,46% e nos últimos 12 meses em 4,33%. Em 2006, o acumulado do ano até junho foi de 2,93%, sendo que o índice mensal havia ficado praticamente estável, com uma variação de -0,06%. O grupo Alimentos e Bebidas teve alta de 1,52% e foi o maior responsável pela inflação de junho. Isso significa que se Alimentos e Bebidas tivesse permanecido estável (0%), o IPC final teria sido de apenas 0,06%. Os itens que apresentaram maior influência foram: leite pasteurizado (12,91%), pão francês (4,57%) e almoço e jantar – refeição (0,79%). O leite pasteurizado foi o produto que apresentou a maior contribuição entre todos os pesquisados pelo IPC, representando quase metade do índice. Com alta de 0,41%, o grupo Transporte e Comunicação teve como principais contribuições, os seguintes itens: com aumento de preços, automóvel de passeio e utilitário usado (1,74%), automóvel de passeio nacional zero km (1,48%), gasolina (2,20%), passagem de avião (11,94%) e seguro voluntário de veículo (6,96%) e, com queda, álcool combustível (12,95%) – item com maior contribuição negativa dentre todos os pesquisados pelo IPC –, automóvel de passeio importado zero km (3,88%) e conserto de veículos (0,71%). A Habitação apresentou alta de 0,55%, destacando-se os aumentos em aluguel de moradia (0,67%) e condomínio (1,54%). Já os artigos de residência tiveram queda de 0,44% no mês de junho. As principais influências foram a diminuição de preços de filmadoras (33,36%) e móveis para copa e cozinha (2,59%). No grupo saúde e cuidados pessoais, a variação de 0,21% decorreu, principalmente, das seguintes variações: medicamento antigripal e antitussígeno (-9,57%), serviços de psicólogo e fisioterapeuta (-3,07%), perfumes, com alta de 4,07% e medicamento analgésico e antitérmico (4,51%). O vestuário teve queda de 0,31%, seguindo uma tendência que vinha sendo observada nas últimas semanas: a da desaceleração no ritmo dos preços. Porém, para o mês de junho esse resultado negativo é uma situação inédita, já que historicamente é um mês que ainda apresenta alta nos preços. As principais contribuições para este resultado se devem aos seguintes itens: conjunto infantil (-26,39%), conjunto esportivo feminino (-24,28%) e agasalho infantil (-11,41%). Com alta de preços, destaca-se agasalho feminino (10,64%). No que se refere às Despesas Pessoais, o grupo apresentou queda de 0,55%. Para este resultado, as maiores influências foram: excursão turística e disco laser – CD, com queda de 24,06% e 4,02%, respectivamente, e serviços de empregada doméstica, que subiram em média 3,02%.

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