A inflação em Curitiba, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), foi de 0,71% no mês de setembro em relação a agosto. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (8) pelo Ipardes - Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social. O acumulado do ano está em 4,27% e dos últimos 12 meses, em 5,97%.
O aumento nos preços dos combustíveis e de seguro voluntário de veículos fez com que o grupo transporte e comunicação fosse o maior responsável pela inflação de setembro, representando 0,46 ponto percentual no índice geral.
De acordo com análise do coordenador de pesquisas periódicas do Ipardes, Gino Schlesinger, houve uma forte reversão no preço dos combustíveis, que até o mês de agosto vinha apresentando sucessivas quedas. “Sabemos que não houve nenhum aumento oficial nas distribuidoras. Acreditamos que os descontos dados no mês de agosto eram concorrenciais e assim que cessaram, houve uma alta generalizada”, acredita Schlesinger.
O grupo transporte e comunicação variou em 1,90% e teve como principais influências as altas em: gasolina (5,72%) – item este com a maior contribuição em todo o índice -, álcool combustível (8,20%), seguro voluntário de veículos (14,73%), conserto de veículos (2,35%), automóvel de passeio e utilitário usado (0,55%), passagem de avião (6,51%) e serviço de telefonia fixa (1,50%). Com queda observa-se: acessórios para veículos (4,22%).
Segundo em influência no índice geral, o grupo saúde e cuidados pessoais teve variação de 1,78%, devido principalmente às altas nos preços de medicamentos (3,42%) e planos de saúde (1,62%).
Com alta de 1,05%, o grupo despesas pessoais teve como principal contribuição para este resultado o aumento nos preços em excursão turística (9,84%), além de: casas noturnas (5,74%) e cigarros (2,66%). Destaca-se, com queda, disco laser CD (2,97%) e serviço de costureira e alfaiate (5,12%).
Em contrapartida, os alimentos e bebidas voltaram a apresentar variação negativa, com queda de 0,62%, mantendo uma tendência registrada desde agosto, quando a baixa havia sido de 0,41%. Os itens que mais contribuíram para esse resultado foram: leite pasteurizado (-6,94%), batata inglesa (-22,68%), pão francês (-2,42%), farinha de trigo (-9,33%), cebola (-21,67%), tomate (-7,90%) e óleo soja (-4,52%). Destacam-se, com alta, almoço e jantar feitos fora de casa (1,37%).
“Itens que agora apresentaram queda, como tomate, batata e leite, estão se contrapondo a uma certa alta exagerada ocorrida antes. Caso não fossem exageradas, teriam se mantido num patamar alto sem espaço para redução de preços”, comentou Schlesinger.
O vestuário teve queda de 1%, ainda reflexo das liqüidações de inverno. As principais contribuições para este resultado de setembro se devem aos seguintes itens: agasalho feminino (-24,98%), tênis infantil (-8,28%) e sapato feminino (-5,27%).
A habitação apresentou alta de 0,32%, destacando-se o aumento no preço de condomínio (0,56%). Também com alta, o grupo artigos de residência variou em 0,46% no mês de setembro. As principais influências foram: televisão (4,35%) e roupa de cama (11,57%). Destaca-se, com queda, móvel para copa e cozinha (-9,48%).