A inflação em Curitiba, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) foi de 0,63% na primeira prévia de abril. O índice refere-se aos últimos 30 dias terminados em 8 de abril. Em março, a taxa foi de 0,47% após deflação (-0,35%) registrada em fevereiro. Com isso, o índice acumulado do ano ficou em 1,06% e, dos últimos 12 meses ,em 4,96%.
O grupo vestuário foi responsável por mais da metade da inflação desta primeira prévia, com alta de 4,85%. A coordenadora do Projeto IPC do Ipardes, Maria Luiza Veloso, atribui esta alta à mudança da coleção de verão para outono-inverno, quando é comum os preços subirem.
Ela lembra que esta prévia abrange apenas uma semana com baixa de 18% para 12% do ICMS sobre o vestuário e três semanas quando a nova lei ainda não estava em vigor. “Somente no final de abril é que poderemos avaliar se houve mesmo repasse da diminuição do ICMS para os preços dos produtos”, acrescentou Maria Luiza.
Os itens que mais influenciaram a inflação nesta primeira prévia foram, com alta de preços: plano de saúde (3,81%), excursão turística (11,66%), casas noturnas (8,55%), cigarros (4,21%), calça comprida feminina (9,46%), sapato feminino (11,78%); e com queda de preços: automóvel de passeio e utilitário usado (-2,00%), empregada doméstica (-3,18%), psicólogo e fisioterapeuta (-4,64%), feijão preto (-14,73%), conserto de veículos (-1,42%) e frango inteiro resfriado (-5,72%).
Para o cálculo da inflação, o Ipardes coleta, mensalmente, em Curitiba, cerca de 60 mil preços de produtos consumidos por famílias que possuem renda mensal que varia de 1 a 40 salários mínimos, ou seja, que ganhavam de R$ 465,00 a R$ 18.600,00.