Inflação em Curitiba cai para 0,51% em maio

Pesquisa do Ipardes revela queda de 0,36 ponto percentual em relação a abril
Publicação
09/06/2003 - 00:00
Editoria
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em Curitiba, para famílias que recebem de um a 40 salários mínimos, apresentou uma variação de 0,51% em maio. O índice representou uma redução de 0,36 ponto percentual em relação ao mês anterior, quando a taxa ficou em 0,87%. É o segundo mês consecutivo que a inflação diminui em Curitiba. Com o resultado de maio, o IPC no acumulado do ano ficou em 5,16%. Já o índice nos últimos 12 meses foi calculado em 14,65%. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Transportes - Com queda de 0,30%, o grupo Transporte e Comunicação ficou em primeiro lugar em influência negativa no índice geral. Os itens do grupo que mais contribuíram para a queda foram gasolina (-6,57%) – item com maior contribuição dentre todos os pesquisados pelo IPC –, álcool combustível (-5,26%), tarifa de ônibus urbano (-1,63%) e automóvel de passeio importado zero km (-1,56%). Com alta de preços, pode-se destacar: passagem de avião (13,46%), automóvel de passeio nacional zero km (1,30%), conserto de veículos (1,87%) e seguro voluntário de veículo (7,47%). O grupo Artigos de Residência teve variação negativa de 0,38%, com destaque para móvel para quarto infantil (-9,46%) e televisão (-1,81%). Com maior influência positiva, o grupo Despesas Pessoais apresentou variação de 1,66%. Para este resultado, as principais contribuições foram serviços de empregada doméstica (5,49%) – item este com maior contribuição positiva no índice geral –, excursão não-escolar (9,30%) e disco-laser – CD (5,20%). Alimentos - Já o grupo Alimentos e Bebidas teve alta de 0,06%, sendo que os itens que mais contribuíram para o resultado foram, com aumento de preços: leite pasteurizado (4,46%); arroz (12,25%); e batata-inglesa (9,90%). Com queda: tomate (39,10%); laranja pêra (15,28%); tangerina (38,41%); frango inteiro resfriado (3,11%); e alface (18,35%). De acordo com a coordenadora do Projeto IPC, Maria Luiza de Castro Veloso, o aumento do arroz surpreendeu os pesquisadores. A elevação do preço do produto é atribuída a vários fatores, entre os quais ao atraso no plantio e à queda na produção do Mercosul. O grupo Habitação apresentou alta de 0,51%, destacando-se o aumento de condomínio (1,67%). Neste caso, segundo Gino Schlesinger, técnico do Projeto IPC, o que influenciou esta alta foi a repercussão do aumento do Salário Mínimo, que também colaborou com o aumento no item serviços de empregada doméstica, do grupo Despesas Pessoais. O grupo Vestuário teve alta de preços de 1,24%, inferior à apresentada no mês de abril (4,98%). Esse índice denota um menor impacto da entrada da nova coleção outono-inverno. As principais contribuições para este resultado de maio foram: camisa masculina (7,82%) e camiseta feminina (23,84%). Com queda, destacam-se jóias (7,28%), conjunto infantil (14,84%) e tênis para adulto (3,20%). Saúde e Cuidados pessoais apresentou variação de 1,67%, decorrente principalmente do aumento em planos de saúde (1,76%) e medicamentos (2,69%). Com queda, destaca-se o item psicólogo e fisioterapeuta (-1,58%).