Inflação em Curitiba cai para 0,21%

Segundo o Ipardes, IPC na capital do Paraná baixa pelo terceiro mês consecutivo. O índice nacional calculado pelo IBGE foi de 0,34%
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05/12/2003 - 00:00
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O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) pesquisado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) em Curitiba foi de 0,21% em novembro. O índice ficou abaixo da média nacional, calculada pelo IBGE em 0,34%. O levantamento, feito com famílias que recebem de um a 40 salários mínimos, revela queda pelo terceiro mês consecutivo. Em agosto e em setembro, o índice em Curitiba foi de 0,43%. Em outubro, a taxa caiu para 0,43%. Com o índice de novembro, o acumulado do ano ficou em 6,51% e o dos últimos 12 meses é de 8,15%. Em novembro do ano passado, o IPC foi de 2,95%. Entre os sete grupos pesquisados, o único que se manteve estável foi o de Alimentos e Bebidas (índice de 0%). Contudo, ocorreram variações nos itens que integram este grupo: batata-inglesa (17,86%), leite pasteurizado (-1,93%), tomate (10,28%), almoço e jantar – refeição (0,51%), óleo de soja (7,46%), ovo de galinha (-5,22%) e açúcar refinado (-3%). O grupo Habitação apresentou alta de 0,57%. Os aumentos de condomínio (2,56%) e de energia elétrica residencial (0,61%), foram os maiores destaques. No que se refere à energia elétrica, a alta ocorreu em função do reajuste do Seguro Apagão. No grupo Artigos de Residência a pesquisa do IPC constatou uma alta de 0,29%. A variação foi influenciada, principalmente, pelo aumento nos preços de móveis para copa e cozinha (5,61%) e pela redução dos preços de móveis para sala – estofados e mesinhas (2,94%). Queda - O grupo Vestuário apresentou queda de 0,29% nos preços. As principais contribuições para este resultado de novembro foram: com queda de preços, blusa feminina (6,65%), vestido para adulto (10,44%) e tênis para adulto (1,62%) e, com alta, calça comprida masculina (3,61%) e cueca (15,94%). Outra queda foi registrada no grupo Transporte e Comunicação (0,36%), que representou a maior contribuição negativa no índice geral. As principais influências foram: álcool combustível (-8,42%) – item com maior contribuição entre todos os pesquisados para o IPC –, gasolina (-1,7%), seguro voluntário de veículo (-3,59%), automóvel utilitário nacional zero km (-4,28%) e conserto de veículos (-0,69%). O item automóvel de passeio e utilitário usado foi o de maior contribuição positiva em todo o índice, apresentando alta de 1,18%. Também com alta destaca-se automóvel de passeio nacional zero km (0,50%). Com pequena variação positiva (0,04%), os itens que mais contribuíram para o resultado do grupo Saúde e Cuidados Pessoais foram, com alta de preços, plano de saúde (1,83%) e, com queda, consulta com psicólogo e fisioterapeuta (1,46%) e shampoo e condicionador (5,04%). O grupo Despesas Pessoais teve alta de 1,31%, tendo sido o de maior contribuição entre todos os pesquisados. Se esse índice tivesse se mantido estável, o resultado geral do IPC também teria ficado estável, ou seja, seria de 0%. Para o resultado do grupo as maiores influências foram ingresso para futebol (41,42%) e jogo de loteria (22,47%). Segundo Gino Schlesinger, economista do Ipardes, a previsão é de que o ano feche com um IPC acumulado em torno de 7% e de que o índice de dezembro não passe de 0,5%. “Em dezembro não deve ocorrer nenhuma pressão específica que possa elevar o índice”, calcula.