O Índice de Preço ao Consumidor (IPC) de abril em Curitiba ficou em 0,87% para famílias que recebem de um a 40 salários mínimos. A variação representou uma queda na inflação, já que a taxa do mês anterior ficou em 1,19%.
Com esses resultados, o acumulado do ano ficou em 4,62% e o dos últimos 12 meses em 14,60%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (8) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
O grupo de maior influência para o resultado de abril foi o de vestuário, que sofreu uma alta nos preços de 4,98%. Os itens do grupo que mais contribuíram para a elevação foram sapato feminino (17,66%), bermuda feminina (16,74%) e blusa feminina (13,14%).
Com queda, destacaram-se vestido para adulto (17,73%). A alta desse grupo, que começou em março (1,65%), reflete os preços dos produtos que chegam ao mercado para o período outono-inverno.
Transportes - O grupo transporte e comunicação foi o segundo de maior influência, apresentando alta de 1,13%. Neste grupo os principais responsáveis pelo resultado foram passagem de avião (18,20%) – item com maior contribuição para o IPC –, gasolina (2,34%), automóvel de passeio nacional zero km (1,50%), automóvel de passeio e utilitário usado (0,86%) e conserto de veículos (1,86%). Com queda de preços, o destaque ficou com o álcool combustível (2,29%).
O grupo de alimentos e bebidas apresentou alta de 1,05%, principalmente por conta dos produtos industrializados. O leite pasteurizado (3,21%) e o refrigerante (4,96) foram os que mais contribuíram para este índice. A tangerina e a alcatra bovina foram os itens com maior influência em termos de queda de preços, com variações de -60,65% e -6,89%, respectivamente.
Já o grupo habitação teve alta de 0,48%, com destaque para o aumento de gás de botijão (6,58%). Os preços do grupo despesas pessoais tiveram variação positiva de 0,04%, com destaque para o item excursão não-escolar, com queda de 2,37%. Em artigos de residência, que teve queda de 0,02%, destacaram-se móvel para copa e cozinha (-46%), móvel para quarto – armário (-2,56%) e microcomputador (-2,93%).
O grupo saúde e cuidados pessoais apresentou variação de –0,15%, que se opõe à alta apresentada no mês de março (2,92%). Esta redução de preços deve-se principalmente à queda nos preços dos remédios (1,52%), dentre os quais destacam-se: vasodilatador (5,45%), analgésico e antitérmico (5,52%) e vitaminas (5,60%).
Os técnicos do Ipardes responsáveis pela pesquisa têm perspectivas otimistas para o IPC de maio, esperando um índice abaixo de 0,5%. Essa expectativa decorre de vários fatores, entre eles a queda do preço da gasolina e a ausência de pressão de tarifas públicas.