Inflação de Curitiba fechou 2006 em 4,82%

Segundo levantamento do Ipardes, o setor de saúde e despesas pessoais foi o grupo que mais influenciou no índice do ano
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12/01/2007 - 18:31
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O Índice de Preços ao Consumidor (inflação) de Curitiba para famílias que recebem de 1 a 40 salários mínimos fechou 2006 com uma taxa de 4,82%, segundo levantamento do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) divulgado nesta sexta-feira (12). O resultado ficou um pouco acima do calculado em 2005, quando a inflação foi de 4,05%. Especificamente no mês de dezembro, a inflação foi de 0,30%. O grupo que mais contribuiu para o aumento no ano foi o formado por Saúde e Cuidados Pessoais (13,10%), com destaque para plano de saúde (18,11%), remédios como moderador de apetite (32,69%) e analgésico e antitérmico (29,84%). O segundo grupo que mais influenciou a inflação do ano passado foi o de Despesas Pessoais (10,02%), no qual o item “empregado doméstica” foi o de maior aumento (26,33%). Alguns itens tiveram reajustes acima da média de 2006. Entre eles, estão seguro obrigatório de veículo (43,38%), automóvel usado (7,14%), ingresso de futebol (203,98%) e teatro (52,27%). Dos itens que tiveram redução de preços no acumulado de 2006 destacam-se energia elétrica (-7,99%) e passagem de avião (-24,73%). Alguns eletrodomésticos também tiveram diminuição de preços como máquina de lavar roupas (-4,31%) e ventilador e circulador de ar (-16,19%). Também em queda microcomputador (-15,30%), aparelho de som (-22,30%) e televisão (-14,28%). Em dezembro, o grupo de alimentos e bebidas apresentou queda de -0,23%. Já no acumulado de 2006, houve aumento de 4,82%. Os itens que mais contribuíram para o resultado do mês, com alta de preços, form refeição de almoço e jantar (1,12%), lanche (4,02%), óleo de soja (10,81%) e arroz (5,08%) e, com queda, batata–inglesa (21,98%), tomate (20,41%), frango inteiro resfriado (7,24%), refrigerante (2,66%) e banana caturra (12,24%). Em 2006, a farinha de trigo (27,68%) foi o item de maior reajuste no grupo de Alimentos e Bebidas (2,03%), seguido do arroz (20,84%) e do açúcar (20,54%). Em queda, apareceram o feijão preto (-32,35%), o tomate (-33,86%) e a batata-inglesa (-52,80%). No grupo Habitação houve, em dezembro, um aumento de 0,39%, destacando-se o item aluguel de moradia, com alta de 0,64%. No acumulado de 2006, o índice ficou em 2,89%. Os Artigos de Residência tiveram uma queda de 0,79% em dezembro. O grupo teve como principais influências as quedas em produtos como televisão (-3,03%), aparelho de som (-5,10%) e microcomputador (-5,62%). O vestuário teve uma alta de 0,98%. As principais contribuições para este resultado de dezembro se devem aos seguintes itens: tênis para adulto, com aumento de 5,71%, e tecidos, que caiu 8,70%. No acumulado do ano, o índice ficou em 8,46%. Em dezembro, o grupo Transporte e Comunicação apresentou queda de 0,68%, sendo o de maior influência, com queda de preços no índice geral. Os itens que mais contribuíram foram: passagem de avião (-11,54%), automóvel de passeio nacional zero km (-1,08%), álcool combustível (-3,50%) e tarifa de ônibus urbano (-1,70%). Em relação a este último item, o Ipardes explica que a variação se deve ao número de domingos (dia em que a tarifa é mais barata) existentes no mês. Em dezembro, houve um domingo a mais que em novembro. Ainda em queda: conserto de veículos (-1,30%) e gasolina (-0,97%). No ano passado o índice foi de 2,91% com destaque para tarifa de ônibus interestadual (10,27%), intermunicipal (13,40%) e corrida de táxi (10,78%). Em relação ao grupo Saúde e Cuidados Pessoais, no último mês de 2006, a variação de 1,44% decorreu, principalmente, da alta nos preços de medicamentos, que variaram 3,98%, destacando-se: vasodilatador (6,89%), vitaminas (12,35%), antiinfeccioso e antibiótico (3,70%) e antiinflamatório (3,83%). O grupo Despesas Pessoais foi o que apresentou a maior alta (1,85%) e a maior contribuição em todo o índice de dezembro. Excursão turística (19,74%) e serviços de empregada doméstica (6,94%) foram os itens que se destacaram como as principais influências dentre todos os pesquisados pelo IPC no mês anterior.