Inflação de Curitiba em setembro é a menor do ano

De acordo com o Ipardes, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do mês ficou em 0,04%, contra 0,87% em agosto
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07/10/2004 - 00:00
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Curitiba registrou a menor taxa de inflação do ano, fechando o mês de setembro com índice de 0,04%. Os dados são revelados pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pelo Ipardes para famílias que recebem de um a 40 salários mínimos. A pesquisa aponta também que a taxa acumulada de janeiro a setembro foi de 8,37% e, nos últimos 12 meses, de 8,83%. Em agosto, o IPC de Curitiba ficou em 0,87%. A maior influência para o índice de setembro foi do grupo Alimentos e Bebidas, que apresentou queda de 1,26% no preço de seus produtos, sendo a maior variação negativa do grupo em 2004. Os itens com queda nos preços que mais contribuíram para o resultado do grupo, foram: tomate (-29,42%); pão francês (- 4,95%); leite pasteurizado (-2,38%); café em pó (-4,64%); batata-inglesa (-9,03%); alface (-32,44%); farinha de trigo (-6,61%) e arroz (-3,39%). Com alta: açúcar refinado (8,88%). Já o grupo Artigos de Residência foi o que mais pressionou o IPC para cima, apresentando alta de 2,75% em seus preços. Segundo a coordenadora da pesquisa, Maria Luiza de Castro Veloso, essa foi também a maior variação mensal do grupo em 2004, sendo que em agosto passado o índice havia variado –0,02%. Contribuíram para o índice: móvel para copa e cozinha (12,07%); móvel para quarto – armário (8,05%); móvel para quarto – cama (15%); móvel para sala – estante (15,69%) e móvel para sala – estofados e mesinha (5,07%). O grupo Habitação também apresentou alta, ficando em 0,36%, com destaque para o aumento de aluguel de moradia (0,26%). Saúde e Cuidados Pessoais apresentou variação de 0,37%, influenciada pela alta de plano de saúde (2,80%) e pela queda de medicamentos analgésico e antitérmico (-9,44%). Já o grupo Vestuário, pelo terceiro mês consecutivo, apresentou queda nos preços de seus produtos, tendo variação de –1,06%. As principais contribuições para este resultado foram: sapato feminino (-7,57%); tecidos (-8,97%) e camisa masculina (3,45%). O grupo Transportes e Comunicação, que vinha pressionando o índice nos últimos meses, ficou praticamente estável, com variação de –0,01%. A coordenadora do projeto IPC afirma que, apesar dessa estabilidade, os itens com as maiores contribuições (tanto positiva quanto negativa), pertencem a este grupo. Com alta no preço, a maior contribuição foi do item automóvel de passeio e utilitário usado (0,92%) e com queda, gasolina (-6,23%). Contribuíram, ainda, para o índice do grupo: álcool combustível (-4,93%); automóvel de passeio nacional zero quilômetro (0,78%); telefone residencial – serviços (1,49%); corrida de táxi (6,94%) e conserto de veículo (0,97%). O Índice de Preços ao Consumidor, medido pelo Ipardes, é divulgado mensalmente e está disponível na página do Instituto na Internet, www.ipardes.gov.br. Para o período de referência, foram coletados aproximadamente 80 mil preços de 341 produtos e serviços.