Indústria de móveis quer criar linha de móveis para casas populares


Representantes da Santos Andirá se reuniram nesta quinta-feira com o presidente da Cohapar, Rafael Greca
Publicação
24/04/2009 - 14:13
Editoria
O diretor e o gerente regional da indústria de móveis Santos Andirá, que gera 500 empregos na cidade de Andirá, Antônio Carlos de Oliveira e Dangelo Carvalho, em encontro nesta quinta-feira (23) com o presidente da Cohapar, Rafael Greca, demonstraram interesse em estudar a criação de uma linha de móveis populares para casas de 40 metros quadrados. A reunião, que teve a presença do assessor jurídico da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Fábio Fernandes Leonardo, é uma etapa preliminar de um projeto incentivado pela Companhia da Habitação do Paraná (Cohapar) para atender aos proprietários de moradias populares, um mercado que tende a crescer com o programa “Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal, que vai construir mais de 1 milhão de unidades no País. “O normal é que as famílias tragam para as casas novas antigos móveis de tamanhos desproporcionais, dificultando a circulação dentro da casa”, explicou Greca. Segundo ele, a ideia inclui uma linha de financiamento para compra de móveis, adequados aos espaços da casa. A Santos Andirá está no ramo desde 1961 e vende para todos os Estados do Brasil e para 18 países da América do Sul. De acordo com o diretor Antônio Carlos, a iniciativa de procurar a Cohapar nasceu de uma publicação feita pela revista Móveis de Valor, onde o presidente Rafael Greca apresentou a primeira ideia de criar um mobiliário popular. “Achamos a iniciativa interessante e procuramos conhecer todo o projeto e, quem sabe, viabilizar uma parceria nesse sentido”, disse. Antônio Carlos explicou que a indústria tem uma produção de 420 mil móveis para dormitórios por ano e atende as classes sociais B, C e D. “Temos condições de absorver o mercado popular com a mesma qualidade que a Cohapar dedica a suas habitações”, comentou. O presidente da Cohapar acredita que o incentivo ao setor é tão importante para a economia paranaense, como a agricultura e o setor de confecções. “O setor produz renda e, junto com isso, gera empregos”, finalizou Greca.