Índice de inflação em Curitiba no mês de abril foi de 0,51%

A queda no preço do tomate e dos medicamentos fez com que o índice fosse menor do que em março
Publicação
10/05/2007 - 11:12
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O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Curitiba, calculado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Ecônomico e Social (Ipardes), foi de 0,51% no mês de abril, índice menor que o de março, que foi de 0,61%. O acumulado do ano está em 1,52% e, dos últimos 12 meses, em 3,64%. Para o cálculo da inflação, o Ipardes coleta, mensalmente, cerca de 60 mil preços de produtos consumidos por famílias com renda mensal que varia de 1 a 40 salários mínimos, ou seja, com ganhos de R$ 350,00 a R$ 14.000,00. A diferença de 0,10 ponto percentuais entre o IPC de abril e o de março se deve à desaceleração no preço de alguns alimentos como, por exemplo, o tomate, que em abril teve queda de 30,75%, enquanto em março teve alta de 30,13%. A queda no preço dos medicamentos também contribuiu. Em março, os remédios tiveram alta de 2,59%, enquanto em abril houve redução de preços de 2,26%. Os itens, com alta de preços que mais contribuíram para a inflação em abril foram: batata-inglesa (61,35%), álcool combustível (9,61%), leite pasteurizado (7,24%), blusa feminina (18,08%), automóvel usado (0,88%), almoço e jantar fora de casa (1,69%) e sapato feminino (10,98%). O elevado aumento da batata indica que o produto está recuperando preços, pois esteve em forte queda em meses passados. Além disso, há uma oferta menor do produto no mercado, o que faz com que o preço se eleve. Já o tomate, que recentemente vinha subindo muito, chegou num ponto que não houve sustentação, então começou a cair. “É um processo comum de acontecer”, afirma a coordenadora do projeto IPC do Ipardes, Maria Luiza Veloso. O aumento do álcool combustível foi atribuído à entressafra e à menor oferta do produto, o que levou ao aumento da gasolina também, aponta Veloso. A gasolina teve aumento de 1,41% em abril, enquanto em março, tanto a gasolina quanto o álcool tiveram queda de 1,53% e 3,58%, respectivamente. Também apresentaram alta os preços do automóvel usado (0,88%) e passagem de avião (4,54%). Entre os grupos que tiveram alta, chamou a atenção o preço do vestuário, que teve aumento de 3,91%, sendo responsável pela metade do índice de inflação de abril. As principais contribuições para essa alta, além da blusa e do sapato femininos (já mencionados acima) foram: conjunto esportivo feminino (36,65%), calça comprida masculina (4,27%) e agasalho feminino (11,26%). De acordo com Veloso, o aumento no preço do vestuário segue uma tendência já ocorrida em março, quando roupas, calçados e acessórios tiveram os preços elevados com a entrada da nova coleção outono-inverno. Também em alta, os serviços de diarista (3,39%), aluguel de moradia (0,45%) e serviços de psicólogo e fisioterapeuta, que aumentaram, em média, 3,36%. Da ordem da maior para a menor contribuição no cálculo do índice, destacam-se com queda, além dos medicamentos e do tomate, mencionados anteriormente, os seguintes itens: automóvel de passeio nacional zero quilômetro (-1,14%), açúcar refinado (-7,92%) e conserto de eletrodomésticos (-5,23%).