Está em funcionamento no Paraná, na cidade de Rolândia, região Norte do Estado, o moinho de trigo da Cooperativa Agroindustrial de Rolândia (Corol), que está sendo considerado pelos demais moinhos e indústrias de massas do País como o mais moderno da América Latina. A inauguração (30) contou com a presença do secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, entre outras autoridades e lideranças da agropecuária paranaense. A Corol investiu R$ 36 milhões nas instalações do moinho, que tem área de 12 mil metros quadrados e foi construído em sete andares. A capacidade inicial será de 400 toneladas por dia para processamento da farinha. Totalmente automatizado, o moinho utiliza a mais alta tecnologia oferecida pelas máquinas e equipamentos da Buhler, indústria suíça com 148 anos de experiência na produção de equipamentos para esse setor. Durante a inauguração, o presidente da Corol, Eliseu de Paula, e o presidente do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), José Augusto Pichetti, assinaram um contrato em que o instituto de pesquisa irá apoiar o empreendimento com a realização de análises da farinha produzida pelo moinho. Para o secretário Bianchini, esse empreendimento fortalece o projeto que o Paraná participa em conjunto com o governo federal que prevê a produção de 70% do trigo que o País consome, num período de quatro anos. O País tem como meta ampliar a produção de trigo, atualmente de 4 milhões de toneladas para 7 milhões de toneladas, disse. Esse projeto envolve o trabalho de pesquisa de novas variedades com a participação do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), da Embrapa e Fundação Meridional. O governo federal está contribuindo com o incentivo à comercialização do trigo com a realização de leilões de compra do produto. E o governo do Paraná está oferecendo cerca de R$ 3,5 milhões para subsidiar o prêmio do seguro das lavouras de trigo, iniciativa que dá mais segurança ao agricultor na hora de plantar. “Sabemos que neste ano de 2009 as projeções para a cultura não se concretizaram mas acreditamos novamente numa boa safra para 2010 e isso é muito importante”, destacou Bianchini. “Temos momentos de crise, de dificuldades mas é em momentos como esse que surge a criação, o renascimento e esse investimento da Corol mostra isso”, acrescentou. Para o secretário, são iniciativas como essa que mostram ao poder público que não há como não conviver com a força do agricultor. Segundo o presidente da Corol, Eliseu de Paula, inicialmente o moinho irá produzir farinha industrial para panifícios e indústrias de massas. O primeiro contrato de fornecimento já foi fechado com a indústria de massas Marilan, de Marília (SP), que fabrica bolachas e massas. Ele aposta na atração de novos investimentos na área de processamento da farinha de trigo para o Norte do Paraná. Posteriormente, a Corol vai instalar um pastifício para oferecer massas ao mercado varejista, para diversificar a produção, antecipou de Paula. “O empreendimento vai beneficiar prioritariamente os associados da cooperativa, que podem agregar valor à atividade primária de apenas produzir o grão”, disse De Paula. A Corol conta com mais de 8.000 agricultores associados, sendo que cerca de 1.800 plantam trigo na região Norte do Estado. Segundo de Paula, o investimento nesse moinho reflete a perseverança do agricultor paranaense que está confiante numa safra melhor de trigo em 2010. A safra desse ano não foi boa, houve prejuízos por causa do clima, mas o agricultor é perseverante e percebeu que junto com outros cooperados pode agregar valor à sua atividade, disse o líder cooperativista.