Em uma cerimônia simples, que contou com a presença de pesquisadores e cientistas ligados à área, foi inaugurado nessa segunda-feira (08) o Laboratório de Química Fina do Instituto de Tecnologia do Paraná - Tecpar. “A simplicidade não tira a importância do evento, que abre uma nova área de pesquisa em química fina, traduzida em oportunidades de novos negócios para aplicação em cadeias produtivas” - foram as palavras do diretor-presidente do Tecpar, Mariano de Matos Macedo, que ressaltou a participação da Universidade Federal do Paraná no projeto, “sem a qual não teria sido possível articular o núcleo de pesquisa”.
O diretor do Tecpar explicou que o laboratório abre várias possibilidades. Começa com a cadeia da seda, mas vai criar competência técnica para desenvolver novos projetos e prospectar, em conjunto com outras instituições, a execução de trabalhos em outras áreas. A curto e médio prazos será possível repassar a tecnologia para as cooperativas.
O laboratório foi idealizado para servir, inicialmente, ao Fórum de Sericicultura, viabilizando o processo analítico e preparativo para a transformação do fio da seda em produtos protéicos de elevada pureza e assegurado valor alimentício e cosmético. Com isso, permitirá a utilização dos casulos de bicho da seda classificados como de segunda linha (e que não seriam aproveitados na confecção dos fios) como matéria-prima para a extração de proteínas e aminoácidos naturais, sem interferência da qualidade no produto final.
O setor sericícola é um dos mais importantes segmentos produtivos paranaenses. O Paraná é o maior produtor do País desde a safra de 1984/85 e possui cerca de 37 mil hectares plantados em 223 municípios, com mais de sete mil produtores empregando mais de 35 mil pessoas durante a safra, que costuma durar entre oito e dez meses.
Apoio à agricultura - O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldair Rizzi – à cuja pasta o Tecpar está ligado -, começou seu pronunciamento parabenizando os técnicos pelo esforço realizado para a concretização do laboratório. Rizzi ressaltou dois fatores importantes. Primeiramente, pelo laboratório de química fina atender a uma política do governo do Estado – um programa de governo de apoio à agricultura, em função da perda de mercado nacional e internacional – com a estagnação do mercado de comodities - porque vai permitir desenvolver outros produtos, agregando valor, gerando renda e criando empregos. O secretário enfatizou também ser o modelo de gestão do laboratório a demonstração de uma política pública eficiente, representando um ganho para a sociedade.
O Labquim foi estruturado com apoio técnico da Universidade Federal do Paraná e financeiro do Finep, que repassou R$ 935 mil, para uma contrapartida de R$ 400 mil do próprio Tecpar, no custo total de cerca de R$ 1,5 milhão). Trata-se de um dos mais modernos laboratórios de química fina do País, estando preparado para gerar novas tecnologias que permitem extrair, purificar e atribuir uma forma farmacêutica aos princípios ativos medicinais presentes nas mais diversas fontes naturais da biodiversidade brasileira.
Inaugurado Laboratório de Química Fina do Tecpar
Laboratório abre uma nova área de pesquisa em química fina, traduzida em oportunidades de negócios para aplicação em cadeias produtivas
Publicação
08/12/2003 - 00:00
08/12/2003 - 00:00
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