Ibama e IAP vistoriam áreas em Colombo onde a Cohapar vai construir 320 moradias

Os técnicos visitaram as áreas no Jardim Liberdade e Jardim Contorno, que precisam da aprovação da licença ambiental para início das obras
Publicação
29/09/2009 - 11:44
Editoria
Técnicos da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) visitaram, nesta segunda-feira (28), as áreas em Colombo onde serão construídas casas para 508 famílias – mais de duas mil pessoas - que vivem na beira do rios Atuba, Palmital e Arruda. Mais 371 regularizações fundiárias serão feitas no local, além da recuperação ambiental da área, com a criação de bacias de contenção de cheias e criação de parques ambientais novos. O investimento é de R$ 19, 8 milhões. Estas pessoas esperam, ansiosas, o início das obras, que precisam da licença final do IAP, diz o presidente da Associação dos Moradores Nova Esperança, Antônio Medeiros. Os moradores da região vivem em favelas, sem nenhuma infraestrutura, com o esgoto passando em suas portas. A situação piorou neste mês de setembro, quando o volume de chuvas foi sete vezes maior do que no ano passado. “Estas casas representam a única esperança de melhoria de vida para essas pessoas. É difícil conviver com a água das chuvas, com doenças como leptospirose, ninguém merece viver assim”, disse. O presidente da Cohapar, Rafael Greca, levou os técnicos do Ibama e do IAP aos locais onde as famílias vivem hoje e aos terrenos da Cohapar, no Jardim Liberdade e Jardim Contorno, onde serão construídas 320 moradias. A Cohapar aguarda a aprovação da licença ambiental para estas duas áreas, mas prevê que não haverá problema pois no Jardim Liberdade – em terreno ao lado da Cohapar - o IAP já autorizou as obras de uma empresa de manufaturados de aço. “Esta é uma visita que mostra que o projeto da Cohapar e do governo federal pode ser uma ocasião de resgate social e de recuperação ambiental, que não pode nem deve ser embargado. A retirada das famílias da beira dos rios vai transformar estes locais em áreas ambientais de preservação, e isto compensará o uso das outras áreas de banhados, que serão transformadas em bairros novos e moradias dignas, sem risco de enchentes”, explica o presidente da Cohapar. As famílias vivem hoje em barracos na beira dos rios Palmital, Arruda e Atuba. O superintendente estadual do Ibama, José Álvaro Carneiro, explicou que a obrigatoriedade legal é do IAP, mas o acompanhamento técnico deve-se à existência de recursos federais no projeto. “Estamos contribuindo na avaliação destas áreas para chegarmos ao melhor entendimento possível. Precisamos analisar com bastante critério técnico e jurídico para que o projeto seja bem sucedido”. Reginato Bueno, chefe regional do IAP, acredita que é possível chegar a uma solução para as áreas. “Este projeto tem um problema social muito grave e que precisa ser resolvido, mas não podemos deixar a parte técnica de lado, assim como a parte jurídica. Precisamos pensar em conjunto para que o projeto seja legal e atenda às necessidades destas pessoas”, afirmou.

GALERIA DE IMAGENS