A eliminação dos terraços, estruturas de terra para retenção de água em áreas de cultivo, traz consequências desastrosas com aumento acentuado de erosão. Para tentar reverter o mau uso do solo, o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) lançou nota técnica, recomendando a manutenção do terraceamento em Sistema de Plantio Direto (SDP). Essa é uma das práticas mecânicas mais antigas e eficientes no controle da erosão, que consiste em interromper o fluxo da enxurrada.
O Paraná tem cerca de 5,7 milhões de hectares em plantio direto - mais de 80% de área agricultável do Estado. A técnica foi adotada na década de 70 e contribui para a redução da erosão. De acordo com o diretor técnico-científico do Iapar, Arnaldo Colozzi, de uns cinco anos para cá, os produtores passaram a eliminar os terraços e curvas de nível em áreas de plantio direto.
Com a eliminação dos terraços, explica Colozzi, houve processo acentuado de erosão, principalmente em área com maior declive. Isso foi percebido com a ocorrência de chuvas intensas, nos últimos anos, expondo novamente a agricultura paranaense a perdas de solo.
ESSENCIAL – Segundo o pesquisador, o plantio direto isoladamente não é suficiente para o controle da erosão. “Os terraços dão ótimos resultados nesse sistema, pois reduzem as perdas de solo e água pela erosão e previne a formação de sulcos e grotas”.
A nota técnica recomendada pelo Iapar foi elaborada por pesquisadores, que simularam as perdas de solo, utilizando recomendações de espaçamento entre terraços, já publicadas pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC). No estudo, eles comparam as perdas de solo em situação de plantio convencional. “Chegou-se à conclusão que os terraços devem ser mantidos em sistema de plantio direto, pois é uma prática eficiente no controle da erosão”, afirmou Colozzi.
A pesquisadora do Iapar Graziela Moraes de Cesare Barbosa salientou que os terraços atuam como barreira para segurar o solo e a água. “A eficiência do plantio direto levou o agricultor a pensar que os terraços não seriam necessários, mas o estudo reafirma a necessidade dessas bareiras”, afirmou Gaziela. Segundo ela, outro aspecto que estaria levando os produtores a retirarem os terraços, é a dificuldade de trabalho com maquinários.
O assunto foi discutido mês passado num seminário promovido pela Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento e representantes do Iapar, Emater, Codapar, Sanepar, Faep, Senar, Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná, Associação dos Técnicos Agrícolas do Paraná, universidades estaduais de Ponta Grossa, Guarapuava e Federal do Paraná, além da Promotoria do Meio Ambiente.
De acordo com Arnaldo Colozzi, o Iapar tem a intenção de elaborar um projeto com dados regionais para se saber qual o melhor espaçamento de plantio direto para cada condição de solo e de produção. Essas propostas vão contribuir para que o instituto apresente subsídios para um projeto de plantio direto com mais qualidade para todo o Estado do Paraná, considerando que seus efeitos diferem em cada região.
O diretor-presidente do Iapar, José Augusto Teixeira de Freitas Picheth, salienta que a agropecuária do Paraná passou por diversas fases e uma das mais importantes foi a conservação do solo, com o sistema de plantio direto. “O plantio direto demonstra por si só a importância da agricultura no estado e consolida, desta forma, uma revolução no campo. É muito importante que os agricultores sigam as recomendações”, afirma Picheth.
RECOMENDAÇÕES:
1 – Os terraços devem ser mantidos em Sistema de Plantio Direto, pois é uma prática eficiente para controle da erosão, principalmente em anos com maior erosividade.
2 – A prática de remover um terraço a cada dois em Sistema de Plantio Direto não é recomendada para cultura anuais.
3- As recomendações de espaçamento entre terraços do Iapar E IAC apresentam perdas do solo próximas entre si para todos os cenários analisados.
4- As áreas agrícolas com espaçamento entre terraços do Iapar podem ser mantidas.
5- As áreas agrícolas onde serão construídos terraços podem utilizar tanto a recomendação de espaçamento de terraços do Iapar quanto do IAC.
O Paraná tem cerca de 5,7 milhões de hectares em plantio direto - mais de 80% de área agricultável do Estado. A técnica foi adotada na década de 70 e contribui para a redução da erosão. De acordo com o diretor técnico-científico do Iapar, Arnaldo Colozzi, de uns cinco anos para cá, os produtores passaram a eliminar os terraços e curvas de nível em áreas de plantio direto.
Com a eliminação dos terraços, explica Colozzi, houve processo acentuado de erosão, principalmente em área com maior declive. Isso foi percebido com a ocorrência de chuvas intensas, nos últimos anos, expondo novamente a agricultura paranaense a perdas de solo.
ESSENCIAL – Segundo o pesquisador, o plantio direto isoladamente não é suficiente para o controle da erosão. “Os terraços dão ótimos resultados nesse sistema, pois reduzem as perdas de solo e água pela erosão e previne a formação de sulcos e grotas”.
A nota técnica recomendada pelo Iapar foi elaborada por pesquisadores, que simularam as perdas de solo, utilizando recomendações de espaçamento entre terraços, já publicadas pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC). No estudo, eles comparam as perdas de solo em situação de plantio convencional. “Chegou-se à conclusão que os terraços devem ser mantidos em sistema de plantio direto, pois é uma prática eficiente no controle da erosão”, afirmou Colozzi.
A pesquisadora do Iapar Graziela Moraes de Cesare Barbosa salientou que os terraços atuam como barreira para segurar o solo e a água. “A eficiência do plantio direto levou o agricultor a pensar que os terraços não seriam necessários, mas o estudo reafirma a necessidade dessas bareiras”, afirmou Gaziela. Segundo ela, outro aspecto que estaria levando os produtores a retirarem os terraços, é a dificuldade de trabalho com maquinários.
O assunto foi discutido mês passado num seminário promovido pela Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento e representantes do Iapar, Emater, Codapar, Sanepar, Faep, Senar, Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná, Associação dos Técnicos Agrícolas do Paraná, universidades estaduais de Ponta Grossa, Guarapuava e Federal do Paraná, além da Promotoria do Meio Ambiente.
De acordo com Arnaldo Colozzi, o Iapar tem a intenção de elaborar um projeto com dados regionais para se saber qual o melhor espaçamento de plantio direto para cada condição de solo e de produção. Essas propostas vão contribuir para que o instituto apresente subsídios para um projeto de plantio direto com mais qualidade para todo o Estado do Paraná, considerando que seus efeitos diferem em cada região.
O diretor-presidente do Iapar, José Augusto Teixeira de Freitas Picheth, salienta que a agropecuária do Paraná passou por diversas fases e uma das mais importantes foi a conservação do solo, com o sistema de plantio direto. “O plantio direto demonstra por si só a importância da agricultura no estado e consolida, desta forma, uma revolução no campo. É muito importante que os agricultores sigam as recomendações”, afirma Picheth.
RECOMENDAÇÕES:
1 – Os terraços devem ser mantidos em Sistema de Plantio Direto, pois é uma prática eficiente para controle da erosão, principalmente em anos com maior erosividade.
2 – A prática de remover um terraço a cada dois em Sistema de Plantio Direto não é recomendada para cultura anuais.
3- As recomendações de espaçamento entre terraços do Iapar E IAC apresentam perdas do solo próximas entre si para todos os cenários analisados.
4- As áreas agrícolas com espaçamento entre terraços do Iapar podem ser mantidas.
5- As áreas agrícolas onde serão construídos terraços podem utilizar tanto a recomendação de espaçamento de terraços do Iapar quanto do IAC.