O projeto “Geração de tecnologias para produção comercial de polpa de frutos de juçara (Euterpe edulis Mart.) no litoral do Paraná”, coordenado pelo pesquisador Francisco Paulo Chaimsohn, da unidade regional de pesquisa do Iapar em Ponta Grossa, será lançado nesta segunda-feira (30) na sede da Associação de Pequenos Produtores Rurais e Artesanais de Antonina (Aspran), na Comunidade Cachoeira (Antonina-PR). O projeto, realizado em parceria com a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e com a Aspran, financiado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e apoiado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), está sendo desenvolvido em Antonina e tem como objetivo gerar tecnologias apropriadas para produzir e comercializar açaí de frutos de juçara, como alternativa de renda e de conservação da palmeira na Mata Atlântica. Estão confirmadas as presenças da secretária Lygia Pupatto e do diretor-presidente do Iapar, José Augusto Teixeira de Freitas Picheth, no evento. Foram convidados para a cerimônia representantes da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, do Instituto Emater, do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), do Sebrae e da UEPG, além do prefeito de Antonina, vereadores e demais autoridades do município. Durante o lançamento, acontecerá ainda a entrega oficial (em comodato) de equipamentos – balanças, tanques de aço inox, máquina de soldar plástico, refratômetro e refrigeradores – para a Aspran, que já vem produzindo açaí de juçara, mas, com o projeto, será possível instrumentalizar os produtores com tecnologias apropriadas de produção de frutos, processamento e gestão eficiente do negócio. PALMITO JUÇARA – Euterpe edulis, o palmiteiro ou palmito juçara, é o principal produto não-madeirável da Mata Atlântica. Chegou a ser quase extinto e, atualmente, é um componente escasso da floresta. Embora a extração do palmito seja uma atividade socioeconômica importante no litoral do Paraná, a legislação ambiental vigente não a permite, tanto que é realizada de modo clandestino. Entretanto, a exploração de frutos pode se tornar uma alternativa mais lucrativa que a extração do palmito, além de contribuir para a conservação da espécie. O açaí obtido de frutos de juçara pode ser utilizado para compor bebidas energéticas, sucos, produtos nutracêuticos, cosméticos, entre outros, de forma similar ao açaí produzido no Norte do Brasil. Os frutos, após serem despolpados, fornecem como produto não só a polpa para ser consumida como alimento, mas também uma grande quantidade de sementes que podem ser utilizadas para o repovoamento de áreas onde o palmito foi extinto e não há mais capacidade de regeneração natural. Um aspecto positivo do manejo da juçara para a produção do açaí, em relação ao manejo para palmito, é que sua retirada implica morte da planta, que leva de cinco a oito anos para chegar a um estágio de corte, enquanto a coleta de fruto pode ser feita ano após ano com a mesma planta, pois não é necessário cortá-la. Serviço: Lançamento do projeto “Geração de tecnologias para produção comercial de polpa de frutos de juçara (Euterpe edulis Mart.) no litoral do Paraná”. Data: 30 (segunda-feira). Horário: 14h. Local: Sede da Aspran, Comunidade Cachoeira (Antonina-PR, mapa em anexo). Informações: 41-9683-6093.