IAP e Força Verde orientam veranistas quanto ao consumo de caranguejos no Litoral

Desde o dia 1º de dezembro está liberada a captura e venda do caranguejo. Atividade fica liberada até o dia 14 de março.
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28/01/2010 - 11:00
Editoria
Fiscais do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), e policiais da Força Verde estão orientando a população quanto à comercialização de caranguejos no Litoral do Paraná. Desde o dia 01 de dezembro está liberada a captura e venda do caranguejo, espécie que vive nos mangues – importante ecossistema para a fauna onde acontece o encontro da água doce com a água salgada. A atividade fica liberada até o dia 14 de março. O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, afirma que o caranguejo-uçá leva de 7 a 8 anos para atingir a idade adulta. Por esse motivo, apenas os animais machos e com mais de sete centímetros de carapaça podem ser capturados e vendidos para consumo. “É importante que as pessoas não comprem o animal de tamanho inferior ao permitido para a captura e a venda, pois estarão sendo complacentes com os apanhadores de caranguejo que cometem crime ambiental”, afirma Rasca. Segundo ele, o trabalho de educação ambiental é fundamental para garantir a existência da espécie e o equilíbrio do ecossistema do mangue. O consumo e a captura estão liberados entre os meses de dezembro e março. Durante os demais meses do ano, os animais são protegidos para reproduzirem e migrarem. FESTIVAL – A partir desta quinta-feira (28), começa a 7ª edição do tradicional ‘Festival do Carangueijo’, no balneário de Shangrilá, em Pontal do Paraná. O Festival é um evento gastronômico que reforça a renda das famílias de pescadores filiadas a diferentes associações de pescadores da região. O IAP e a Força Verde estão trabalhando em parceria com a prefeitura de Pontal do Paraná – organizadora do evento – para garantir que os crustáceos vendidos estejam com o tamanho previsto pela legislação. Para medir a carapaça do caranguejo é usada uma régua chamada paquímetro, ideal para medição do animal. O comandante da Polícia Ambiental, coronel Rosa Neto, reforçou que o desrespeito as determinações da legislação é considerado crime ambiental, com pena de detenção de um a três anos e multa de R$ 700,00 mais R$ 20,00 por quilo de caranguejo apreendido. De acordo com o secretário Rasca, as ações de fiscalização e educação ambiental feitas em anos anteriores durante o Festival, em parceria com a prefeitura e relacionadas à captura e comercialização do caranguejo, estão apresentando resultados positivos. “No ano passado não encontramos nenhuma dúzia de caranguejo fora do tamanho permitido para comercialização”, comemorou Rasca. A coordenadora do IAP na Operação Verão, Adriana de Fátima Ferreira, disse que sempre existe um trabalho de apoio a prefeitura local, promotora do evento. “Orientamos a prefeitura de maneira preventiva sobre as instalações, que devem ser apropriadas conforme as determinações da vigilância sanitária e, principalmente, em relação ao tamanho mínimo exigido para a captura do caranguejo. Fiscalizamos o evento diariamente apenas para garantir a manutenção da espécie e a realização de outros Festivais”, disse Adriana. Vale lembrar que o consumidor deve comprar apenas caranguejos machos, com no mínimo sete centímetros de carapaça e siris com, no mínimo, 12 centímetros de ponta a ponta.

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