Hospital da Polícia Militar vai integrar o SAS

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Publicação
14/02/2003 - 00:00
Editoria
O Hospital da Polícia Militar do Paraná integrará o Sistema de Assistência à Saúde (SAS) e receberá recursos do Estado para o atendimento de cerca de 60 mil militares, dependentes e pensionistas do quadro da PM que moram na Grande Curitiba. Para que o governo tenha condições de reativar a unidade, em um prazo estimado de 30 a 60 dias, a Secretaria de Administração e da Previdência (SEAP) está contando com o apoio de uma empresa de auditoria externa. Com sete andares e 120 leitos, o hospital opera precariamente desde abril do ano passado, quando o governo anterior cortou os recursos para a instituição e fechou o Instituto de Previdência do Estado (IPE). “A tarefa da nossa Secretaria é traçar um novo perfil de atendimento que permita ao hospital ser economicamente viável, inclusive diante da possibilidade de ampliação do atendimento à comunidade”, destacou o secretário da SEAP Reinhold Stephanes. Ele acrescentou que o trabalho dos oficiais da PM antecipa o recadastramento dos quadros de pessoal próprio e terceirizado, em resposta à exigência de rapidez do governador Roberto Requião que, em visita ao hospital, encontrou poucos funcionários trabalhando. Problemas x soluções - A questão dos recursos humanos, segundo Stephanes, é parte dos estudos técnico-científicos que a Secretaria da Administração e Previdência está desenvolvendo com o apoio de uma auditoria externa. “Temos um especialista avaliando o aspecto dos profissionais, e outros analisando as operações das áreas de enfermagem, serviços gerais e hotelaria, processos de atendimento e sistemas de compras e controles do Hospital da PM”, detalhou. O relatório dessa auditoria será apresentado no início da próxima semana, junto com o recadastramento que os oficiais da PM estão realizando. A instituição tem, atualmente, 422 funcionários (233 militares e 189 civis) além dos empregados de empresas terceirizadas. Dos militares, 104 são soldados, que desfalcam a Polícia, cuja reclamação é da pequena quantidade de seu efetivo. A folha de pagamento soma R$ 124.669,54 para civis e R$914.900,41 para militares, por mês. Um coronel-médico, por exemplo, ganha perto de R$ 6 mil mensais, para um pequeno expediente de trabalho. Stephanes explicou que o relatório da Secretaria incluirá o diagnóstico da atual capacidade operacional, projeções estatísticas, relacionando cálculos de volume de atendimento e custos, além de sugestões de especialidades e procedimentos médicos mais adequados para garantir a viabilidade econômica da instituição. “Com isso, o governador Roberto Requião terá condições técnicas de decidir como o Hospital da Polícia Militar vai funcionar e o volume de recursos que deve receber do Estado, por meio do convênio que terá com o SAS”, afirmou.